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UPA de Rio Grande fica sem médicos; Paço admite falha
Felipe Siqueira
Especial para o Diário
13/07/2017 | 07:00
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falta de repasse da Prefeitura à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas de Rio Grande da Serra fez o equipamento operar sem médicos.

Ontem, a equipe do Diário foi à UPA e constatou que pacientes eram endereçados às UBSs (Unidades Básicas de Saúde) mais próximas de casa. Segundo informações extraoficiais, o problema persiste há três meses e, por isso, os especialistas decidiram cruzar os braços.

O prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) admitiu o atraso no repasse, mas garantiu que ontem mesmo efetuou o pagamento para normalizar a situação – o que está previsto para hoje.

O custo da UPA está estimado em R$ 400 mil por mês, sendo que R$ 100 mil são repassados pelo governo federal e R$ 300 mil partem de custeio municipal. Como a arrecadação da Prefeitura está em baixa, houve dificuldade em arcar com as despesas da unidade localizada no Centro da cidade.

Maranhão justificou que há sobrecarga no sistema municipal de Saúde com o aumento do desemprego. “Estou investindo 32% do Orçamento em Saúde (sendo que o mínimo constitucional é de 15%). Além disso, 80% dos pacientes que vão à UPA poderiam ser atendidos nas nossas UBSs. Parte disso é nossa culpa, porque durante muito tempo só havia médico na antiga UBS Central. Criou-se uma cultura de que o atendimento é só no Centro. Com os Mais Médicos isso mudou”, disse o tucano. São dez UBSs na cidade.

O prefeito declarou que fará mutirões para reduzir a fila de espera. “É melhor trocar o óleo do carro a cada dez quilômetros do que ter de trocar o motor inteiro”, comparou.

O segurança Luiz Marques do Nascimento, 61, buscou atendimento ontem na UPA por causa de fortes dores na perna esquerda e não conseguiu – foi indicado a buscar uma UBS. Outra paciente que teve de se deslocar foi Edrielli Calumbi, 24 anos, promotora de venda e que estava com febre e dor de cabeça. 




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