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Martinha aceita indicação a cargo no governo Michel Temer, mas reconhece: ‘Não será tarefa fácil’

Sindicalista diz que é necessário encontrar meio-termo sobre reformas

Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
17/06/2017 | 07:00
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Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Martinha (SD) acatou indicação partidária para assumir o comando da Secretaria de Relações do Trabalho, em Brasília, Pasta atrelada ao Ministério do Trabalho do governo Michel Temer (PMDB), mas já admite a complexidade em ocupar a função em momento delicado vivenciado pelo Planalto. “Não será tarefa fácil”, reconheceu. A gestão do peemedebista está envolta em denúncias e, mesmo com governabilidade ameaçada, tenta emplacar reformas criticadas pelos trabalhadores de sua categoria.

Secretário do Trabalho da gestão Carlos Grana (PT, 2013-2016), de Santo André, Martinha alegou que aceitou a proposta a pedido do dirigente nacional do SD e líder da Força Sindical, deputado Paulinho da Força, com a iminente saída do atual titular da vaga, Carlos Cavalcante Lacerda – também ligado à legenda –, com aval da cúpula do sindicato. “Sabemos dos sérios problemas, das dificuldades, as reformas, mas nosso partido faz parte do governo e também minha vida sempre foi pautada por desafios. Independentemente da administração, o País não para”, ponderou. “Vou com essa perspectiva.”

Martinha negou embaraço com o fato de ter encabeçado no Grande ABC a mobilização por greve geral, realizada no fim de abril, principalmente contra as reformas previdenciária e trabalhista, projetadas por Temer – ambas em trâmite no Congresso Nacional. “As reformas, na verdade, já vêm sendo discutidas desde o governo Fernando Henrique (Cardoso, PSDB). Há grande debate. Os trabalhadores resistem por continuidade de Previdência pública forte. Os investidores, por outro lado, têm pressionado pela reforma. Sem aporte (financeiro) não há retomada do crescimento, uma triste realidade. É necessário um meio-termo.”

CANDIDATURA
Ex-integrante das fileiras do PT e do PDT, o sindicalista evitou condicionar possível desistência do plano de candidatura no pleito de 2018 com a ida para Brasília. Segundo ele, nada está definido no momento. “Só fui candidato uma vez em 40 anos de trajetória (postulante a vice ao Paço de Santo André, em 2008). Posso dizer que não é prioridade. Outras pessoas do partido podem ser (candidatas), mas tudo depende da conjuntura. Não estou preocupado com isso.” 




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