De figura sem tanta interferência no jogo a um dos protagonistas da histórica classificação do Barcelona às quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Este foi o papel desempenhado por Neymar no duelo com enredo de filme dramático, mas que teve fim extremamente feliz aos espanhois. A goleada por 6 a 1 sobre o PSG, ontem, no Camp Nou, foi uma daquelas para ser lembrada para sempre na história do futebol, com direito a produção hollywoodiana. Afinal, a façanha era muito complicada: os franceses haviam vencido o primeiro jogo por 4 a 0 e se balançassem a rede ao menos uma vez forçariam os catalães a marcarem seis. Deu no que deu.

E Neymar teve papel fundamental. Se não brilhou na etapa inicial – quando o Barça conseguiu fazer dois gols, com Suárez (logo aos dois minutos, de cabeça) e Kurzawa (contra, aos 40) –, o brasileiro acendeu no segundo tempo. Logo aos dois, sofreu pênalti de Meunier, convertido por Messi: 3 a 0.

O Barcelona pressionava muito. Parecia que chegaria logo ao quarto gol, condição que, se perdurasse, levaria o jogo à prorrogação e às penalidades. Entretanto, aos 16, Cavani – de primeira – deu banho de água fria na empolgação espanhola.

O jogo se encaminhava para o fim. Eram passados 43 minutos do segundo tempo, tudo parecia perdido para o Barça. Mas Neymar cobrou falta no ângulo e manteve viva a esperança. Dois minutos depois, o árbitro assinalou pênalti duvidoso sobre Suárez e, com personalidade, o brasileiro fez: 5 a 1.

Com cinco minutos de acréscimo, o Barcelona se lançou inteiro e até o goleiro Ter Stegen virou atacante. Até que, aos 49, Neymar levantou na área e Sergi Roberto apareceu livre para decretar o que parecia impossível. Não para o Barça: 6 a 1.

No outro jogo de ontem, na Alemanha, o Borussia Dortmund fez 4 a 0, despachou o Benfica e também avançou.