Política Titulo Para justificar derrotas
Presidentes das Câmaras usam discursos distintos para justificar derrotas nas urnas
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
23/10/2016 | 07:00
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A renovação de 48,6% entre as 142 cadeiras parlamentares para a próxima legislatura (2017-2020), registrada a partir do fechamento das urnas no dia 2, também atingiu os atuais chefes das Câmaras. Três dos sete presidentes de Legislativos do Grande ABC falharam na busca pela renovação de seus mandatos, casos de Paulo Bottura (PTB), São Caetano; José Dourado (PSDB), de Diadema; e Messias Cabeleireiro (PV), de Rio Grande da Serra.

O número de reveses foi superior ao do pleito passado, quando apenas Laércio Soares (PCdoB), então chefe da Casa de Diadema, saiu derrotado. Os parlamentares admitiram que a função junto na Câmara atrapalhou ritmo durante campanha eleitoral, mas que isso não foi o fator preponderante.

Bottura, inclusive, lembrou que em 2008 obteve êxito quando presidia o Parlamento são-caetanense. “Tem muitas funções administrativas e acabam ocorrendo alguns empecilhos. Mas o meu caso é atípico e os votos serão julgados e conquistarei meu lugar”, discorreu o petebista, citando a impugnação da Justiça aos candidatos do Solidariedade pela falta de apresentação da prestação de contas do diretório referente ao exercício de 2014. A sigla estava coligada ao PTB, o que impediu êxito de Bottura. Ele registrou o 12º melhor desempenho da cidade, com 1.494 votos, mas ficou fora pelo quociente eleitoral. Os advogados do Solidariedade apresentaram recurso e o caso é analisado pela Corte.

Já em Diadema, Dourado admite que o resultado ficou abaixo do esperado. Recebeu 1.935 votos, ficando de fora das primeiras suplências da coligação entre o PV, PSDB e PCdoB. O tucano lembrou que a possibilidade de ter sido vice na chapa do prefeito Lauro Michels (PV) – que acabou ficando com Márcio da Farmácia (PV) – foi o fator crucial da derrota. “Quando fui para rua, muitos me perguntavam se eu não seria mais candidato. De fato, essa conversa de vice demorou para se solucionado e criou muitas dúvidas”, citou Dourado, admitindo não ter mais vontade de participar de eleição. “Só vou em último caso. Acho que o momento é dos jovens”, adicionou.

Em segundo mandato em Rio Grande, Messias culpou o desempenho de seu partido na coligação composta junto com PSDB, DEM e PSL, que conquistou quatro cadeiras. Ele ficou na primeira suplência, com 611 votos. “Foi um bom número, mas era uma chapa competitiva”. Além de Messias, que diz que continuará cortando cabelos em seu salão, na região central. “Faço isso há 26 anos”. 




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