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Lauro e Vaguinho partem para o ataque durante debate na TV

Prefeito de Diadema e prefeiturável da oposição pouco falam de propostas em meia hora de encontro na Record News, marcado por críticas na Saúde

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
22/10/2016 | 07:20
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Candidatos à Prefeitura de Diadema no segundo turno, Lauro Michels (PV), postulante à reeleição, e Vaguinho do Conselho (PRB), nome da oposição, nortearam o debate ontem, na Record News, por ataques estratégicos e quase nenhuma proposta. Lauro buscou em diversos momentos atrelar a imagem de gestor sem conhecimento a Vaguinho, que, por sua vez, se apegou a falhas no governo do rival.

De imediato, Vaguinho atacou o sistema de Saúde, citando que o morador de Diadema enfrenta longas filas de espera por atendimento. “São duas horas para pegar uma senha de atendimento para passar depois de 20 dias em um clínico geral”. O republicano buscou desqualificar a tentativa do rival em prometer o retorno do Pronto-Atendimento Infantil. “A construção de um projeto assim demora de cinco a seis anos. As pessoas continuarão a morrer nos corredores dos hospitais”, alfinetou.

O verde rebateu a crítica, assegurando dedicar maior fatia do Orçamento ao setor, sempre frisando que o rival “não tem conhecimento” para formular crítica. “A assessoria do candidato (Vaguinho) não informa direito sobre a situação. Temos feito esforço extra para a Saúde. São 39% do Orçamento dedicados à área. Fizemos uma parceria com o governo do Estado para fazer hospital novo porque a construção de um prédio sai mais barata do que a reforma de um prédio de 1967 (referindo-se Hospital Municipal do Piraporinha)”, comparou o verde.

Os candidatos seguiram com tom crítico por todos os 30 minutos de embate. Em outro questionamento, Vaguinho citou o fim de programas como o Adolescente Aprendiz e o Mova (Movimento de Alfabetização de Adultos de Diadema). Atacou também o recente episódio da contratação da médica Gabriela Ferreira da Costa, sentenciada em 2015 a 46 anos de prisão pela Justiça de Minas Gerais, como funcionária pública da rede municipal de Saúde de Diadema. A profissional foi acusada e julgada por ter participado da quadrilha que ficou conhecida como Bando da Degola, grupo que decapitava pessoas em Belo Horizonte.

Lauro esclareceu que a administração já abriu sindicância para apuração do caso e ainda defendeu investimentos nos setores de inclusão. Colocou à mesa grave crise financeira que herdou em 2013, de seu antecessor, Mário Reali (PT). Citou, inclusive, a proximidade de seu rival com os petistas. “A Prefeitura estava quebrada. Precisamos fazer um amplo trabalho de recuperação financeira, falhas causadas por ações dos governos do Mário e (José de) Filippi (Júnior, PT). Esses mesmos que lhe apoiam e estão em sua campanha”, salientou Lauro.

Outro embate ocorreu quando Vaguinho questionou o afastamento de Lauro do cargo de prefeito para a disputa da eleição, deixando em seu lugar a vice-prefeita Silvana Guarnieri (PSB), condenada em primeira instância por improbidade administrativa – ela assumiu função amparada por liminar. “Além disso, dez secretários tiraram férias por causa da eleição”, cutucou o republicano.

“Novamente lembro a desinformação do candidato. Ela não foi empossada por liminar. Seu caso está sendo julgado e ela está apta. Quanto aos secretários, é direito deles, podem tirar férias e no lugar ficaram os adjuntos, garantindo a qualidade dos serviços”, respondeu o verde.
 




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