Cerca de 107 mil textos já foram produzidos na segunda edição do Desafio de Redação. A expectativa é de que esse número chegue a 115 mil.

A quantidade supera a meta inicial tanto do Diário quanto da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), parceiros no evento, que pretendiam reunir pelo menos 100 mil trabalhos e superar a marca da primeira edição, de 94 mil.

Todos as redações serão avaliadas por aproximadamente 170 universitários voluntários da USCS. A cada 100 textos corrigidos, os alunos cumprem três horas de atividades complementares. Os estudantes de Direito, por exemplo, têm de completar a carga de 200 horas durante todo o curso.

Ao todo, 15 mil redações escolhidas passarão para a segunda fase e serão corrigidas por 60 professores. Destas, apenas 500 serão classificadas. Na terceira fase, seis bancas com cinco professores cada definem os três vencedores das seis categorias. O anúncio será feito no dia 8 de outubro.

Alunos de todo o Grande ABC concorrem a prêmios como TVs, bicicletas, computadores. Estudantes dos 3ºs anos do Ensino Médio disputam uma bolsa de estudos integral na USCS.

DIADEMA
Ontem o projeto passou por sete escolas públicas de Diadema, além de uma mantida pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) e a instituição particular Colégio Brasília, no Jardim Mulford.

Vice-diretora da EE Filinto Muller, Vania Rodrigues acredita que o concurso seja importante para o crescimento das crianças. "Além disso é uma forma de sentir o nível da escola e fazer um parâmetro com as demais instituições. Fazer redação nunca é demais." Vania lembra que no ano passado duas alunas da EE Filinto Muller foram premiadas no Desafio.

Se depender da dedicação dos concorrentes, a escola tem tudo para repetir o bom resultado da primeira edição. Alunos da 5ª série, Henrique Tancini Pimentel Buena e Wesley Alves da Silva, ambos com 11 anos, contam que o Desafio serve para mostrar o que eles aprenderam na escola.

"O tema é interessante, pois nos possibilita abordar os dois lados da internet, o bom e o ruim", conta Henrique. Na redação, ele contou a história de ficção de uma garota seqüestrada por um amigo que fez pelo site de relacionamentos Orkut. Já Wesley Alves escreveu sobre uma amizade virtual.

Na EE Antonieta Borges Alves, no bairro Conceição, os participantes também estavam entusiasmados. Matheus Ribeiro Viana, 11, da 5ª série contou a história de um casal que se conheceu pelo computador e se casou. "Foi importante participar para provar que todas as escolas, independente de serem públicas ou particulares, têm chances." Ele torce para ganhar o computador, pois o seu está quebrado.

Na mesma sala, Jéssica Correia Gomes, 11, contou a história de uma personagem chamada Pâmela, uma garota estudiosa que ganhou um computador do pai e passou a fazer muitos amigos pelo MSN - programa de mensagens instantâneas.

A diretora da escola, Izaura Terassi, disse que o Desafio representa um grande estímulo aos estudantes. "É a hora de mostrar que todos os alunos têm a mesma chance. Eu acredito nisso."