Eleições 2016 Titulo Mauá
Ex-prefeito, Zé Carlos Grecco não segue PSDB no 2º turno

Após pouco atuar na campanha de Clóvis Volpi,
o tucano também evita aderir ao projeto de Atila

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
14/10/2016 | 07:00
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Montagem/Divulgação


Ex-prefeito de Mauá, José Carlos Grecco (1993-1996) não seguiu orientação do tucanato municipal de apoiar o candidato do PSB ao Paço neste segundo turno, o deputado estadual Atila Jacomussi. Após participar timidamente da campanha do partido, que teve Clóvis Volpi como prefeiturável, na primeira fase do pleito, o ex-gestor novamente se ausentou da disputa.

Ventila-se que Zé Carlos teria acompanhado a decisão de Volpi de aderir à campanha de Donisete. Fontes ouvidas pelo Diário, porém, evitam falar se o ex-prefeito teria decidido apoiar o projeto de reeleição do petista. Longe dos holofotes políticos, o tucano tem perfil de atuar de forma discreta, nos bastidores.

A possível resistência de Zé Carlos em apoiar Atila se daria pela aliança do socialista com a família Damo – Alaíde Damo (PMDB), mulher do ex-prefeito Leonel Damo (PMDB), foi indicada como vice do parlamentar. Apoiador da candidatura da hoje ex-deputada Vanessa Damo (PMDB) à Prefeitura na eleição de 2012, Zé Carlos teve atritos com o presidente do PMDB mauaense e marido da ex-parlamentar, José Carlos Orosco Júnior.

Em entrevista ao Diário em fevereiro, o casal considerou enterrada a aliança entre os clãs Damo e Grecco. “(No pleito de 2012) Fizemos algumas composições que, em troca, pediram posição estratégica dentro da campanha. Só que essa pessoa (Zé Carlos) é quem vendia informação para o nosso adversário (Donisete), buscando benesse pessoal”, contou Orosco à época.

A decisão de Volpi em apoiar Donisete neste segundo turno lhe rendeu expulsão do ninho tucano. O ex-prefeito de Ribeirão Pires, porém, segue divulgando vídeos nas redes sociais pedindo votos para o petista. Na inserção mais recente, Volpi aparece descontraído, tomando café e cortando pão numa cozinha. Ele justifica o voto no petista e dispara críticas a Atila. “Eu fiquei imaginando o que é que vai acontecer em Mauá se nós elegermos uma pessoa que tenha feito tantas promessas e que tem apresentado plano de governo com projetos impossíveis de serem realizados, que tenha feito tantos acordos políticos só para chegar ao poder. Foi por isso que decidi apoiar o Donisete”, argumenta.

O PSDB local digeriu a postura de Volpi. Alguns filiados, inclusive, estariam resistentes a apoiar Atila justamente por conta da aliança com a família Damo. Mas ficaram de mãos atadas, já que eventual apoio de tucanos ao PT, seu principal rival, seria incoerente. Irmão de Zé Carlos, o vereador Edgard Grecco não quis se pronunciar. Edgard tentou a reeleição, mas viu naufragar o projeto político.

Márcio Chaves adia anúncio de apoio no segundo turno

Ex-vice-prefeito de Mauá e quarto colocado no primeiro turno da disputa pelo Paço, Márcio Chaves (PSD) adiou o anúncio oficial de quem ele irá apoiar neste segundo turno. Como o Diário mostrou na quarta-feira, o pessedista tende a aderir à campanha oposicionista de Atila Jacomussi (PSB). Márcio quer esperar pelo menos até o fim de semana para anunciar seu posicionamento.

O ex-vice-prefeito chegou a conversar com interlocutores do prefeito e candidato à reeleição Donisete Braga (PT), mas o diálogo não teria avançado. Petistas teriam colocado na mesa, como forma de convencê-lo a não apoiar Atila, a rixa do hoje pessedista com o ex-prefeito Leonel Damo (PMDB) na eleição de 2004, quando venceu o primeiro turno como prefeiturável do PT, mas teve a candidatura cassada às vésperas da etapa final do pleito por participar de exposição institucional de governo (Túnel do Tempo). Argumento esse, porém, não assimilado com facilidade por Márcio Chaves. Na época, Damo foi o segundo colocado e assumiu o Paço após decisão judicial. 




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