Diarinho Titulo Bons hábitos
Aprendendo a comer
Por Tauana Marin
Diário do Grande ABC
28/08/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Colorido. É assim que deve ser um prato saudável. Diversificar legumes, frutas e verduras garante saúde e disposição. A saída para ampliar os itens do cardápio é experimentar cores e sabores. Quanto mais cedo, melhor. Assim, é mais fácil de acostumar o paladar, não só aos alimentos doces, mas também aos amargos e azedos, uma vez que o organismo precisa de variedade.

O prato de Augusto Cesar Almeida Claro, 6 anos, na hora do almoço no Educandário Santo Antonio, em Santo André, sempre tem arroz, feijão, carne, abobrinha e salada de alface com tomate. Itens como purê de mandioquinha, abóbora, pepino e brócolis também aparecem na lista. “Gosto de experimentar. Acho importante me alimentar bem para crescer bastante. Meus pais e meu irmão também comem tudo isso em casa.”

Aos 4 anos, Marieva Monte Oliveira Ferreira não faz careta para nada. Muito pelo contrário. Pepino em rodelas, gomos de uva e minitomates, além do suco integral de uva, são os protagonistas de sua lancheira. Ricota temperada é outra comida que gosta de levar. “Tirando maçã e melancia, gosto de comer tudo”, conta. A menina sabe o nome dos alimentos porque gosta de ajudar a preparação deles em casa e acaba sendo incentivo para a irmã menor.

Manuela Venâncio de Moraes, 8, apesar de não estudar na mesma sala de Marieva, por conta da idade, fica impressionada com a amiguinha. “É muito lindo ver ela comer. Ela adora tudo.” Manu, como é conhecida, se esforça para comer corretamente. “Não vou dizer que não gosto de refrigerante, salgadinho, porque sou fã, mas não como diariamente. Tirando jiló, em casa como salada, tomate, beterraba e gosto muito de arroz com feijão.” Carne não é sua preferência, mas ela sabe que é importante. “Tem ferro”, explica.

Na Emef Professora Eda Mantoanelli, de São Caetano, os alunos fazem as refeições conforme o cardápio da unidade. Os almoços sempre contam com muita variedade. “Aprendi, desde que era menor a comer e experimentar tudo. Me sinto forte. Sei que não posso ficar comendo ‘porcaria’ todos os dias”, conta Rafael Florido de Biaggio, 9 anos, que classifica como ‘porcarias’ alimentos que não têm vitamina, como chocolate, batata frita e bolachas. “Tudo é gostoso, mas não faz bem ter sempre.”

Gabriel Salatiel Souto, 8, não pensa apenas no fato de comer ou não certos itens, mas está de olho no futuro. “Não quero ficar obeso. Comer errado deixa a pessoa doente, inclusive com problemas no coração”, comenta. A amiga Hillary Bassi dos Santos, 7, é outra que é fã de cardápio colorido. “Minha comida preferida é arroz e feijão. Gosto muito de carne de panela também e de vitamina (leite batido com banana e maçã). Precisamos comer direito para vivermos melhor”, diz a estudante.

Organismo precisa de variedade para ter vitaminas

Alimentação é hábito. Ao longo da vida nos acostumamos a ingerir aquilo que temos em nossas casas. Isso significa que quanto mais opções de frutas, carnes, legumes e verduras fizerem parte das refeições, mais fácil fica gostar de alimentos que muitas pessoas ‘torcem’ o nariz.

“Hoje como mais coisas do que quando era menor. Pratico ginástica rítmica e preciso me alimentar bem para ter energia. Sempre como uma fruta e uma barrinha de cereal antes e depois de me exercitar”, afirma a estudante Giulia Berraquero Ventre, 8, de São Caetano.

Uma dica é fazer uma salada de frutas. Se há alguma fruta que você não gosta tanto, pode experimentá-la picando bem pequena e junto às demais.

Outra valiosa sugestão é ajudar os adultos na preparação dos alimentos. Prestar atenção nas cores, texturas e sabores pode ser, além de nutritivo, bem divertido. É necessário também variar a forma de preparar o alimento. A batata, por exemplo, pode ser feita cozida com carne, assada ou ser consumida em forma de purê.

O importante é tudo ser ingerido com equilíbrio. As carnes são importantes fontes de proteína, substância responsável para formação e fortalecimento da estrutura corporal, como ossos e músculos. Participam também do crescimento, manutenção e renovação dos tecidos do corpo.

Pelo menos uma hora antes de dormir, caso esteja com fome, recomenda-se optar por coisas mais leves. Gelatina com frutas, mingau de aveia ou um copo de leite podem ser boa pedida.

Consultoria de Gislaine da Silva Brito, nutricionista, de Santo André.

 




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