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Pichações ofuscam monumentos

Estátuas e bustos que contam a história de São Caetano são alvo de vandalismo e falta de manutenção por parte do poder público

Por Nelson Donato
Especial para o Diário
12/06/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


As esculturas de São Caetano têm sido alvo de vandalismo por parte da população. As estátuas, que contam a história da cidade, não escapam das pichações e da sujeira. O estado das obras é tema de série de reportagens do Diário,que semanalmente abordará as condições dos monumentos das sete cidades da região.

Quem anda pelas ruas e avenidas sulsancaetanenses está acostumado com a grande quantidade de estátuas que homenageiam e retratam a história do município. Porém, nem o valor parece ser capaz de deter a depredação.

O caso mais grave é o do Monumento à Música Sertaneja, que fica na Avenida Presidente Kennedy, altura do bairro Boa Vista. A estrutura, que foi pintada nas cores da cidade (azul e branco), está coberta por pichações. O aposentado Hugo Sumikawa, 75 anos, lamenta as condições do monumento. “Isso é uma vergonha. Acredito que falte um pouco de conservação por parte da Prefeitura, mas aqui vemos o resultado do vandalismo. Infelizmente as pessoas não têm respeito.”

A estátua do padroeiro da cidade São Caetano di Thiene também não escapou da ação dos vândalos. O pedestal da obra, que fica dentro do Parque Chico Mendes, situado na Avenida Fernando Simonsen, foi coberto por pichações que fazem apologia à drogas.

O aposentado Lailton do Prado, 62, frequenta a área verde diariamente. Ele ressalta que a segurança do espaço é boa e que os atos dos delinquentes são isolados. “Eu já vi a GCM (Guarda Civil Municipal) abordar jovens que estavam pichando e se drogando.”

O monumento em homenagem aos 50 anos de São Caetano é vítima da falta de conscientização da população. Na manhã de quarta-feira, quando a equipe do visitou o local, o canteiro da obra estava coberto por papéis de bala e tampas de garrafas PET.

O Arco da Praça da Bíblia, no Centro, está em condições lamentáveis. A estrutura tem diversas pichações, sendo algumas delas de cunho preconceituoso. As páginas do livro mais sagrado do cristianismo, que ficavam acima do pedestal, foram removidas. “A verdade é que, além da manutenção precária, falta educação para as pessoas. É um absurdo depredarem deste jeito. É uma vergonha”, relata o aposentado.

A punição para pichadores de monumentos públicos está prevista no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais 9.605/98. Os infratores estão passíveis de detenção de seis meses a um ano, além de multa.

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos informou que fará vistoria nos locais citados na reportagem e terá apoio da GCM na manutenção e fiscalização. 




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