Um suposto assessor de Osama Bin Laden, o iemenita Ali Hamza Ahmad Al-Bahlul, boicotou nesta quinta-feira seu próprio julgamento diante de uma corte militar americana em Guantánamo, quando foi impedido de representar a si mesmo.
O juiz do caso não proibiu a apresentação de provas obtidas por meio de tortura.
O oficial militar designado como advogado de defesa do iemenita Ali Hamza Ahmad al-Bahlul, de 37 anos, havia pedido ao coronel da reserva Peter Brownback que excluísse do julgamento as provas conseguidas por meio de torturas.
Depois de uma longa pausa, Brownback respondeu: "O que você e eu entendemos como tortura poderia ser diferente".
Bahlul é acusado de conspirar com a rede terrorista Al-Qaeda em ataques contra civis e suas propriedades.
O tribunal não permitiu que o preso se defendesse por conta própria. Bahlul também não conseguiu ser defendido por um iemenita, como havia solicitado.
Seu advogado de defesa, o major americano Tom Fleener, disse que esta proibição contradiz a lei, incluindo as leis marciais americanas e as convenções internacionais.
"Isto mostra como o sistema é absurdo", disse Fleener a repórteres.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.