Durante a sabatina, que durou mais de quatro horas, Brindeiro afirmou que a acusação que vem sendo feita contra ele de ser um “engavetador” de processos é uma injúria. “Não se pode fazer denúncia sem provas. Só se acusa a quem quer que seja com provas”, disse.

O procurador afirmou que os casos em que não abriu processo não havia provas e que isso lhe custou a fama de engavetador. “Durante dois anos, fui agredido por não iniciar processo, no Supremo (Tribunal Federal), contra o presidente da República, o ministro da Saúde, o governador Covas, com base em uma farsa", disse, referindo-se ao Dossiê Cayman, segundo o qual o presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro da Saúde, José Serra, o ex-governador de São Paulo Mario Covas e o ex-ministro das Comunicações Sério Motta teriam uma conta milionária nas ilhas Cayman.

Ele argumentou que fez várias denúncias, entre elas, as que envolvem os ex-presidentes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo Délvio Buffolin e Nicolau dos Santos Neto; os ex-deputados Sérgio Naya (MG) e Hildebrando Pascoal (RO) e o o ex-senador Luiz Estevão (DF).