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Gravadora paga a DJ para tocar músicas é processada
Por Cláudio Luis de Souza
Da Redaçao
04/07/1999 | 16:25
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No Brasil essa prática permanece impune, mas nos Estados Unidos dá problema: dois executivos da gravadora Fonovisa estao sendo processados por terem pagado a um programador de rádio para que tocasse discos de seus artistas. É o famoso jabaculê, ou jabá - nos EUA, conhecido como payola.

A Fonovisa é a maior gravadora independente de música latina em atuaçao no mercado norte-americano, e pertence ao grupo de comunicaçoes Televisa, do México. Um de seus artistas mais fortes é Enrique Iglesias, filho de Julio Iglesias.

Estao sendo processados Jesus Gilberto Moreno, chefe do departamento de promoçoes da Fonovisa, e Guillermo Santiso, o presidente da empresa. Segundo o site de notícias musicais Jam!, a Fonovisa vinha sendo investigada havia dois anos. As suspeitas eram de que a gravadora distribuía jabás em rádios de diversas regioes dos EUA. Uma delas se confirmou: em 1997, Moreno deu US$ 2 mil a um radialista para que ele tocasse determinado artista do elenco da gravadora.

A operaçao também incluiu o fraudamento de notas fiscais e de declaraçoes de rendimentos e despesas. Existe uma lei federal norte-americana que proíbe qualquer tipo de pagamento às rádios para que elas toquem músicas de um artista específico.

Caso haja pagamento, ele deve ser anunciado claramente - seria, no caso, uma situaçao de compra de espaço publicitário. Os porta-vozes da Fonovisa e dos acusados nao quiseram comentar o episódio com a imprensa.

No Brasil - A existência de jabá no Brasil é sempre negada oficialmente pelos representantes das partes envolvidas. Em conversas reservadas, porém, é admitida a ocorrência do jabá, cuja cobrança seria de praxe em algumas emissoras, e cujo pagamento seria feito sem estrilar por algumas das gravadoras.

A divulgaçao de um single de uma banda estrangeira, por exemplo, pode custar até R$ 15 mil. O jabá também existiria em programas de TV.




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