Rodrigo, deficiente mental leve, é camisa dez do time da Apae e foi artilheiro de sua equipe no Campeonato de Futsal para Deficientes Mentais da Paraolimpíada do Grande ABC. O garoto, torcedor do Palmeiras, explicou que queria fazer mais gols, mas que para ele, o mais legal de estar ali era poder se divertir. E realmente foi este o principal intuito dos Jogos Especiais. "A vitória ou a derrota aqui ficam em segundo plano. O nosso objetivo maior é promover a interação e a participação dos alunos", explicou o professor de Educação Física, Sílvio Cardoso de Lima.
Considerado o craque do time pelos seus colegas, o torcedor do São Caetano Deleon de Oliveira, 17 anos, da EMEBE (Escola Municipal de Ensino Básico Especial) Rolando Ramacciotti, também de São Bernardo, foi para a competição com o mesmo espírito do colega Rodrigo. "Acho legal ficar aqui e poder ver um monte de gente", disse o garoto, que também é portador de deficiência mental leve.
Além da integração de alunos portadores de necessidades especiais com a sociedade, outro intuito do evento foi o de incentivar a prática de atividades físicas, o que, segundo o professor Sílvio, ajuda a desenvolver os desempenhos motor e cognitivo. Deleon é uma prova do bem que o esporte faz para seu desenvolvimento. "Depois que meu filho começou a se interessar e praticar futebol regularmente, sua aptidão motora melhorou 100%", conta Vera Lúcia de Oliveira, mãe de Deleon.
Os Jogos Especiais - Esporte Eficiente teve início no último dia 25, quarta-feira e contou com a participação de cerca de mil atletas do Grande ABC. Basquete para cadeirantes, futsal para cegos, surdos e deficientes mentais, e natação fizeram parte da programação. Além disso, apresentações de dança, capoeira e oficinas diversas também foram realizadas. Todos os participantes do evento receberam medalhas e um certificado de participação. As disputas aconteceram no Baetinha e no Centro Recreativo Esportivo Luiz Bonifácio.
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