O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, apresentou nesta quarta-feira, em Tóquio, a carta de intenção que anuncia oficialmente à Fifa (Federação Internacional de Futebol) o desejo do país de organizar a Copa do Mundo de 2014. A assinatura do documento foi feita na capital japonesa, na presença do presidente e do secretário-geral da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Nicolás Leóz e Eduardo De Luca, respectivamente, do diretor de competições da Fifa, Jim Brown, e do diretor de comunicações da entidade máxima do esporte, Markus Siegler

"Expressamos formalmente nossa aspiração de organizar o Mundial em 2014, algo único para o povo brasileiro, que é o verdadeiro merecedor desta eventual possibilidade de ser o país anfitrião", afirmou Teixeira. "Tendo tantos títulos na região, a última Copa organizada no continente aconteceu há 28 anos (Argentina-78), o que significa que até 2014 terão passado 36 desde que se jogou pela última vez em nosso continente", acrescentou. Para o presidente da CBF, a candidatura brasileira é de toda a América do Sul.

"Acredito que isto é muito importante não apenas para o Brasil, o futebol brasileiro e nosso povo, mas para toda a América do Sul", disse Teixeira.

Nicolás Leóz também apoiou a candidatura brasileira. "Ter um Mundial no continente é de uma importância excepcional, não apenas para o país organizador, mas para o resto das associações da região, que já em 2002, ante o desejo do Brasil de organizá-lo, decidiram unanimemente apoiar sua candidatura para 2014", disse o principal dirigente da Conmebol.

Segundo o site da Fifa, a cerimônia teve um clima de descontração. "O que me dizem da Argentina, nosso eterno rival, nos apoiar nisto?", perguntou Teixeira, provocando as risadas dos presentes, em referência ao argentino De Luca.

O secretário-geral da Conmebol afirmou que a rivalidade com o Brasil não impede o apoio de seu país ao vizinho. "A rivalidade no campo vai continuar, porque na região ou no mundo Argentina x Brasil é um clássico. Porém, acreditamos firmemente que ninguém tem mais direito que o Brasil de organizar a Copa do Mundo de 2014 na América do Sul. Portanto, ajudaremos na organização, mas lutaremos na parte desportiva. Seja como for, esperamos que a Copa não saia de nosso continente".