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Maratona de Heloísa Helena
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04/08/2006 | 00:05
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A candidata do Psol à Presidência da República, Heloísa Helena, começou sua campanha quinta-feira às 6h30, no acampamento Grajaú, em Goiânia. Para chegar lá nessa hora ela acordou às 3h30. Às 4h, pegou a BR-060 e, de carro, percorreu os 200 quilômetros de Brasília até a capital goiana. Às 9h, Heloísa retornou a Brasília de avião. Conseguiu chegar à Superintendência da Polícia Federal às 9h40, a tempo de alcançar o início do interrogatório do empresário Luiz Antonio Vedoin à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Sem almoçar, viajou para São Paulo no final da tarde, onde concederia uma entrevista à uma emissora de TV.

O acampamento Grajaú é um imenso amontoado de gente na periferia da periferia de Goiânia, num ermo que fica na saída para Aragoiânia, a cerca de 30 quilômetros do centro. Foi improvisado pelo governo do Estado no ano passado, depois da ordem judicial que determinou a retirada das 1,1 mil famílias de sem-teto que ocupavam uma área no Parque Oeste, também na periferia.

Na ação policial de retirada morreram duas pessoas, centenas foram presas e feridas. O próprio governo ergueu os barracos de lona preta e papelão e entregou para as famílias. Também pôs lá alguns banheiros químicos, até hoje usados pelos moradores. Como não existem as mínimas condições de higiene, já morreram 10 crianças no local e de vez em quando aparecem epidemias. Uma das piores levou a sarna de cães para seres humanos.

Ao chegar ao acampamento, Heloísa foi recebida por crianças que, devidamente instruídas por seus correligionários do Psol e do PSTU, fizeram pequenas oferendas de plástico e de papelão para representar moradias. A candidata ganhou uma casinha de papelão de Lays Meelle, 6 anos, Laysla Melka, 9, Leandro Batista, 10, e Melquesedes Arruda, 13.

Heloísa prometeu dar um jeito naquele amontoado. “Na Presidência, vou fazer um plano que terá por ambição resolver o déficit de 7 milhões de moradias no País”, prometeu ela para os moradores.

Para tanto, Heloísa avalia que o governo terá de investir entre R$ 80 bilhões e R$ 90 bilhões. Mas assegurou que conseguirá arrumar esse dinheiro que, nas suas contas, corresponde a duas vezes o que é gasto no Bolsa-Família e a 15% dos juros bancários pagos anualmente. Depois de andar por uma hora e meia de casa em casa, Heloísa reafirmou que em seu governo jamais submeterá o Orçamento da União ao interesse dos bancos.




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