O julgamento de dois malásios e de um homem vindo de Hong Kong começou terça-feira no tribunal de Middlesex, perto de Londres. Um segurança do clube local de Charlton também foi convocado, por ter aceitado uma propina de 20.000 libras (mais de 31.000 dólares).

Antes das partidas, os mafiosos instalavam aparelhos de controle remoto nos postes dos projetores de iluminaçao do estádio, para poder apagá-los e emperrá-los, e provocar assim a anulaçao do jogo quando lhes convinha, explicou o promotor, Mark Dennis, precisando que as regras das apostas na Asia prevêem que, no caso de anulaçao, é válido o resultado anunciado no placar no momento da interrupçao da partida.

A estratégia foi descoberta dia 13 de fevereiro quando os quatro acusados foram surpreendidos em flagrante delito no estádio de Charlton, que se preparava para receber a equipe do Liverpool.

Os dois malásios, Eng Hwa Lim, um engenheiro eletrônico de 35 anos, e Chee Kew Ong, de 49 anos, admitiram os fatos, assim como o empregado do clube londrino, Roger Firth, de 49 anos.

Os acusados admitiram ter provocado a interrupçao da partida entre West Ham e o Crystal Palace, em novembro de 1997, aos 20 minutos do segundo tempo, depois do empate do West Ham. O cenário se repetiu um mês mais tarde, durante uma partida entre o Wimbledon e o Arsenal em Selhurst Park.

O quarto acusado, Wai Yuen Liu, de 38 anos, nascido em Hong Kong e residente em Londres, negou qualquer envolvimento.