O dia promete ser tenso e o dólar, logo na abertura, registrava uma alta de 1,47% em relaçao à cotaçao desta segunda. Neste momento, a moeda norte-americana está sendo cotada a R$ 1,855 para compra, R$ 1,865 para venda. Desde a última sexta-feira, o dólar já subiu 3,4%, em menos de dois dias.

O Banco Central tomou recursos no mercado interbancário a juros de 20,87%. Nesta segunda, o BC nao havia regulado a liquidez do mercado e nao tinha fixado a taxa Selic do dia, o que acabou contribuindo para o nervosismo do mercado.

As bolsas brasileiras já estao operando em baixa. O volume negociado até o fim do dia deverá ser pequeno.

Efeito Tango - A Argentina provocou uma reviravolta nesta segunda no mercado de países emergentes. A declaraçao do candidato da situaçao à Presidência da República, Eduardo Duhalde, afirmando que, caso seja eleito, tem a intençao de se encontrar com o papa Joao Paulo II a fim de pedir-lhe apoio para suspender o pagamento dos juros da dívida externa da Argentina e de outros países da regiao caiu como uma bomba no mercado financeiro. O Indice Merval, da bolsa argentina, chegou a cair 9,18% à tarde.

A notícia nao soou bem para os países vizinhos, que acabam sofrendo as conseqüências por estarem no rol dos emergentes. "Os investidores acabam olhando todos os países emergentes da mesma forma e se afastam", observou o diretor de renda variável do BNP Asset Management, Nicolas Balafas.

A Argentina já vinha sofrendo pressoes desde o fim de semana, quando o ministro da Economia argentina, Roque Fernandez, colocou o cargo à disposiçao. O presidente Carlos Menen exigiu que Fernandez pedisse um aumento no déficit acordado com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para pagar dívidas do sistema público de saúde. Fernandez nao gostou da proposta, o que gerou mal-estar na base governista.