Política Titulo Contas públicas
Com receita em baixa, Sto.André estuda Refis

Governo Paulo Serra cogita plano de recuperação de dívida ativa após números ruins no 1º semestre

Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
22/06/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Com um quadro de arrecadação em baixa, a Prefeitura de Santo André estuda antecipar o envio de projeto para a Câmara do projeto de recuperação da dívida ativa por meio de parcelamento do passivo de munícipes com o poder público, conhecido como Refis. O texto pode ir ao Legislativo ainda neste mês.

Segundo o Diário apurou, a preocupação do Paço andreense decorre da possibilidade de as contas não fecharem até o fim do ano, agravando uma situação que já é delicada.

O quadro do primeiro semestre não foi nada animador para o setor financeiro do Paço, que também teve de arcar com restos a pagar de anos anteriores. O grosso do ingresso de receita se dá nos primeiros seis meses do ano – com cotas de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores).

Durante a campanha eleitoral, o prefeito Paulo Serra (PSDB) afirmou que só apresentaria um único projeto do tipo ao longo de todo o mandato. Na gestão anterior, do ex-prefeito Carlos Grana (PT), foram feitos três Refis.

Procurada, a administração tucana informou que a medida está sendo analisada. “A Prefeitura de Santo André esclarece que o projeto de Refis para este ano está em fase de avaliação de implementação e estudo da possibilidade de execução do projeto”.

No mês de abril, a arrecadação da Prefeitura somou R$ 112,1 milhões e ficou abaixo das projeções da Secretaria de Gestão Financeira. Desde então, o governo iniciou uma força-tarefa de cobrança, com envio de cartas, análise de casos e de inscrições em dívida ativa. Além disso, o Paço também intensificou a abertura de protestos e ações judiciais.

De acordo com a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), em 2018, a retração deve ser de 8,6%, para R$ 2,9 bilhões, na comparação com o previsto para este ano. Ainda conforme o documento, a expectativa é a de que a arrecadação tenha ligeira melhora em 2019, atingindo o valor de R$ 3,1 bilhões e mantenha a tendência no ano seguinte, chegando a R$ 3,2 bilhões.

A dívida ativa da Prefeitura está estimada em R$ 1,9 bilhão. O governo ainda não tem previsão de quanto pretende recuperar desse valor caso o Refis seja, de fato, implementado.

Um dos principais projetos apresentados até agora, o Fila Zero teve como objetivo a redução dos débitos de entidades de Saúde com o município. A estimativa do Executivo é recuperar pelo menos R$ 50 milhões com a medida.

Já a reforma administrativa do governo, em operação, tem economia estimada em R$ 5,9 milhões em 2017. A projeção é que a redução de gastos seja de R$ 8,9 milhões em 2018 e de R$ 9,3 milhões em 2019.

A gestão tucana espera arrecadar R$ 1 milhão e gerar economia de R$ 3 milhões com o leilão de 141 veículos oficiais.

(Colaborou Fábio Martins) 




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