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JAC chega com 50 revendas
Sueli Osório
Enviada a Campinas
16/03/2011 | 07:00
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Divulgação


Na sexta-feira, a JAC Motors faz sua estreia no País com a abertura simultânea de 50 concessionárias em 28 cidades - uma delas em Santo André, na Avenida Artur de Queiroz.
A JAC - iniciais de Jianghuai Automobile Co.- é uma empresa estatal chinesa de capital misto e chega ao Brasil pelas mãos do experiente empresário Sergio Habib, presidente do grupo SHC, proprietário de 83 revendas de várias marcas. Para se ter uma ideia do tamanho do grupo, sua previsão de vendas para 2011 é de 90 mil carros novos e 45 mil usados, o que, segundo Habib, significa comercializar um automóvel a cada dois minutos.

O lançamento oficial da marca foi na sexta-feira em Campinas, com a presença do presidente da JAC Motors da China, An Jin. Para o Brasil, Habib projeta volume de vendas de 35 mil unidades ainda neste ano, o que representa 1% do mercado nacional. Essa ousada empreitada de Habib não é exatamente inédita. De importador da Citroën, em 1991, ele tornou-se presidente da marca no País até 2008. Agora, como presidente da JAC Motors Brasil, garante que os modelos que está trazendo não devem nada aos competidores produzidos aqui. "Temos tanta confiança nos produtos da marca que estamos concedendo seis anos de garantia, sem limite de quilometragem, de para-choque a para-choque", afirmou.

Outros atrativos são o bom nível de equipamentos de série, a oferta de assistência 24 horas nacional por dois anos após a compra, em parceria firmada com a Porto Seguro, e o baixo custo de revisão. Segundo o empresário, para o hatch J3 e o sedã J3 Turin, o consumidor deverá gastar R$ 579 até os primeiros 30 mil quilômetros.

O investimento para trazer a marca ao mercado brasileiro foi superior a R$ 380 milhões e inclui a formação de rede de concessionárias - das 50 revendas, 35 são do grupo SHC e as demais de investidores nomeados -, marketing, adaptações nos carros e despesas operacionais.

Inicialmente, serão comercializados os modelos J3 hatch e J3 Turin (sedã). Habib espera vender 2.000 unidades por mês do hatch, que vem para concorrer com modelos como Fiat Palio, VW Fox, Chevrolet Agile, Ford Fiesta e Renault Sandero, e 1.000 do sedã, que tem como principais competidores VW Voyage e Fiat Siena.

Em junho, chegará a minivan J6 e, em setembro, o sedã J5. O compacto J2 deve ser trazido em meados de 2012 com motor 1.4.

Antes da abertura oficial, algumas concessionárias estavam operando experimentalmente, como a do Auto Shopping Aricanduva, na Zona Leste de São Paulo, "Escolhemos o local porque é frequentado pela classe média ascendente", disse Habib. Segundo ele, em um mês foram vendidos 90 carros, mesmo sem oferecer ‘test drive' aos clientes.

Com foco exatamente na classe média ascendente, o grupo resolveu apostar na popularidade do apresentador Fausto Silva para ser o garoto-propaganda da marca até o fim do ano. "O Fausto é uma figura pública que representa muito bem o brasileiro", salientou Habib.

J3 e J3 Turin são os primeiros modelos nas concessionárias

A JAC Motors do Brasil começa sua trajetória no mercado brasileiro oferecendo dois modelos: J3 (R$ 37,9 mil) e J3 Turin (R$ 39,9 mil). O visual agrada. Foi desenvolvido no Centro de Design da marca em Turim, na Itália, em parceria com o consagrado estúdio Pininfarina, famoso por criar o design de automóveis de marcas famosas, como Ferrari e Maserati.

Para ter um visual marcante e tipicamente chinês, a frente dos modelos foi inspirada nas tradicionais máscaras chinesas.

Hatch e sedã são equipados com motor 1.4 - com 1.332 cm³ -, 16 válvulas e duplo comando a gasolina, que desenvolve 108 cv de potência a 6.000 rpm e torque de 14,1 mkgf a 4.500 giros. Segundo o presidente da JAC Motors Brasil, Sergio Habib, o motor flexível deve chegar dentro de um ano.

O interior foi projetado no Japão, onde a montadora mantém centro tecnológico destinado a buscar as melhores soluções no uso de materiais de acabamento para os bancos, laterais de portas e painel.

O interior do J3 hatch, avaliado pelo Diário, impressiona. O acabamento é bem cuidado. Embora haja bastante uso de plástico, os encaixes são benfeitos e não há rebarbas. Os instrumentos têm fácil visualização e os comandos de vidros, travas e retrovisores elétricos estão à mão.

Rodando, o desempenho agrada. O modelo apresenta boas saídas e retomadas eficientes. A direção hidráulica é leve - ótima para manobras e para o trânsito urbano -, mas um pouco mole demais na estrada em altas velocidades.

Ponto negativo para o câmbio: os engates poderiam ser mais precisos e suaves. No mais, o modelo agrada bastante e desperta muita curiosidade nas ruas.

Um forte diferencial em relação aos concorrentes é o nível de equipamentos. O modelo tem de série direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, CD player, air bag duplo, freios com ABS e EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e rodas de liga leve de 15 polegadas.

Para ficarem de acordo com o gosto dos brasileiros, passaram por 242 modificações em relação aos modelos originais, com mudanças como a de tecido e densidade dos bancos e iluminação do quadro de instrumentos, que passou da cor âmbar para azul.




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