Programado para começar à 0h de amanhã, o horário de verão provoca alterações não só no horário de dez Estados e do Distrito Federal, mas também no organismo das pessoas. Adiantar o relógio em uma hora pode causar desde cansaço, dificuldade de concentração até problemas com o sono, segundo especialistas.

Apesar de ser relativamente pequena, a mudança pode demorar de três até 15 dias para ser assimilada pelo organismo, considera o professor de Neurologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Rubens Wajnztejn. “As pessoas devem entender que a alteração no horário não causa prejuízos, no entanto, o lado psicológico pode sofrer um pouco mais com a adaptação”, diz.

A recomendação do especialista é para que a população tente encarar o horário de verão com naturalidade. “A dica é seguir a hora que o relógio está marcando e não antecipar ou prorrogar uma tarefa em função disso”, diz.

Na primeira noite, no entanto, vale a pena dormir uma hora mais cedo para não ficar com a sensação de que o domingo passa mais rápido, segundo o neurologista.

Neste ano, o período de vigência do horário de verão será mais longo, com 126 dias. Isso porque deveria terminar no Carnaval, mas foi estendido até 22 de fevereiro de 2015, uma semana depois.

O primeiro horário de verão no País ocorreu entre 1931 e 1932 e teve duração de cinco meses. A partir de 1985, a prática foi adotada sem interrupções.

CALOR

São Paulo registrou recorde histórico de calor na tarde de ontem. Os termômetros do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) marcaram 37,8°C na Zona Norte da cidade, a maior temperatura em 71 anos.

Na região, a Defesa Civil de Santo André registrou máxima de 35°C na tarde de ontem. O número está bem acima da média esperada para o mês, que varia entre 21°C até 25°C.

A tendência, de acordo com o Inmet, é que as altas temperaturas prossigam até amanhã à noite.