O jornal americano, que cita fontes próximas ao caso, informa que o médico de 72 anos está sob vigilância 24 horas por dia e que foi ameaçado de ser mantido sob esse regime até que "mude sua forma de pensar e eleve seu nível de compressão sobre os fatos ocorridos em Tiananmen".

Uma pessoa próxima à família do médico informou que Jiang Yanyong rejeita retratar-se e continua "enfrentando problemas devido a seu princípio de busca da verdade".

Yanyong e sua esposa, a também médica Hua Zhongwei, desapareceram depois de sua detenção por parte de agentes do governo em 1º de junho passado, quando se dirigiam à embaixada dos Estados Unidos para solicitar um visto.

Denúncias - Em 2003, a Sars (também chamada pneumonia atípica ou superpneumonia) deixou 349 mortos na China e se propagou em cerca de 30 países, matando 800 pessoas. O médico denunciou, numa carta, a repressão de 1989 na praça Tiananmen, quando no fim da noite de 3 de junho o governo chinês ordenou uma brutal repressão dos manifestantes, em sua maioria estudantes, que exigiam reformas políticas no país. Segundo organizações de direitos humanos, cerca de mil pessoas foram mortas nesta ação.