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Mercado Municipal do Rudge Ramos luta para se manter vivo
Por Luciele Velluto
Especial para o Diário
02/11/2005 | 07:36
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Próximo da comemoração de 39 anos de existência – no próximo dia 10 –, o Mercado Municipal do Rudge Ramos, em São Bernardo, enfrenta uma de suas piores crises: dos 64 boxes, 21 estão vazios. Os comerciantes afirmam que as vendas já caíram 40% este ano e a abertura de licitações para novos permissionários, que deveria ter acontecido em junho até agora não ocorreu.

Os permissionários atuais acreditam que a baixa do movimento se dá pelo estado de conservação e atual situação do mercado. "Os clientes não vêm porque não tem opção. A imagem do mercado está muito ruim. Quem passa na rua acha que está vazio", conta Maria da Graça Albuquerque, comerciante de flores há sete anos no local.

Segundo a comerciante de presentes Siliana Bettinazzi, há dois anos no local, os clientes sempre perguntam se o mercado está fechando. "Já virou boato. Quem passa por aqui acha que estamos falindo e que vamos ter o mesmo destino do Mercado Central", diz. O Mercado Municipal Central de São Bernardo foi fechado há 3 anos.

Os números da administração comprovam a baixa nas vendas: 40%, sendo que nos últimos sete meses, os 1,8 mil freqüentadores diários do mercado passaram para 1 mil – queda de 44,4%. Segundo o administrador José Luiz Gomes de Lima, a abertura de novas licitações está sendo aguardada para que até o final do ano o local esteja completo.

Para os permissionários, o que salva o mercado é o público cativo do bairro e de regiões próximas. "Já tivemos momentos em que o mercado esteve vazio, mas as vendas eram melhores. Do jeito que está fica difícil. No meu negócio, o movimento caiu 15%, isso porque tenho uma freguesia fixa, mas conseguir novos fregueses é complicado", conta Marlene Faria de José, dona do único açougue do local e permissionária desde que o mercado abriu.

Outro problema enfrentado pelos comerciantes é o estacionamento que, mesmo com o mercado municipal vazio, vive lotado de carros e não sobra vagas para os consumidores. A lotação acontece desde que os parquímetros foram desativados no município de São Bernardo, em dezembro de 2004. Até o fechamento desta edição, a prefeitura de São Bernardo não havia respondido à reportagem.




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