O Atlético Mineiro começa a Copa Joao Havelange cheio de problemas. Para o jogo deste domingo, contra o Botafogo, o time entra sem o atacante Guilherme, que nao renovou contrato, e desfalcado do lateral Bruno e do volante Gallo, ambos contundidos. ``O início de um campeonato já é complicado, mas o nosso vai ser mais ainda', prevê o técnico atleticano Carlos Alberto Parreira, que lamenta nao ter mais reforços no time. Ainda assim, o treinador diz nao ter medo do Botafogo porque, segundo ele, nenhum time vai começar o campeonato no ritmo ideal.

Apesar de acreditarem que só a partir da quarta rodada os times vao estar mais soltos, disputando partidas mais atraentes para o público, treinador e jogadores atleticanos têm certeza de que nenhum jogo será fácil, a começar pelo de amanha. ``Nem sempre os resultados da pré-temporada sao imediatos', garante o meia Ramon.

Pensando nisso, o Atlético traçou uma estratégia global para o Brasileiro, em que o primeiro objetivo é conseguir ficar entre os 12 primeiros, custe o que custar. ``Parece simples, mas nao é. Já disputei quatro campeonatos e sei que a maratona de jogos é massacrante', diz Parreira.

Sao quase cinco meses de um campeonato que, segundo Parreira, nao vale quase nada. ``Nao vale vaga para campeonato, ninguém cai ou sobe. É tranqüilo demais para quem nao gosta de desafio', avalia. Mas Parreira diz estar acostumado com essas mudanças, afinal sao 30 anos de Brasileiro e 30 ediçoes diferentes.

O regulamento, no entanto, nao é o que mais incomoda. No momento, o time mineiro está preocupado com a grande quantidade de contundidos e o fraco banco de reservas. O lateral Bruno se recupera de uma torçao no joelho direito e o capitao Gallo está com uma tendinite no calcanhar. ``Vamos enfrentar o Botafogo com 18 jogadores, certinho', lamenta o treinador, antecipando que, além de contusoes, terá que lidar com suspensoes.