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Vereador de S.Caetano atribui aumento de divórcios a novelas do Brasil

Ricardo Andrejuk defendeu pesquisa do BID, de 2009

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
26/09/2017 | 07:00
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Vereador de primeiro mandato em São Caetano, Ricardo Andrejuk (PSDB) subiu à tribuna na sessão de terça-feira passada para defender pesquisa que atribui o aumento de divórcios no Brasil à expansão de novelas brasileiras.

Divulgado em 2009, o estudo foi realizado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e levou em consideração dados extraídos em censos do passado. Segundo esse levantamento, o índice de divórcio aumenta depois que o sinal da TV Globo se torna disponível em algumas localidades. “Os estudos mostraram que as novelas ajudaram a moldar as ideias das mulheres sobre casamento e família... As taxas de fertilidade caíram mais de 60% desde a década de 1970 e os divórcios aumentaram mais de cinco vezes desde a década de 1980. A televisão desempenha um papel crucial na circulação de ideias”, discursou o tucano. “Sessenta e dois por cento das principais personagens femininas não tinham filhos, 21% tinham apenas um filho e 26% das protagonistas femininas eram infiéis aos seus parceiros”, emendou o parlamentar, que não citou a Emenda Constitucional 66/2010, que desburocratizou o divórcio no País. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2015 revelaram que o divórcio no Brasil aumentou 164% em dez anos (2004 a 2014).

O IBGE atribuiu esse salto à mudança no comportamento da sociedade, que passou a aceitar o divórcio com “maior naturalidade”.

Autor de comissão interna na Câmara “em defesa da vida e da família”, Andrejuk usou integralmente os cinco minutos que tem direito para discursar para falar sobre o tema. O tucano disse que a pesquisa não reflete sua opinião, mas emendou que “grande parte das novelas é desfavor para a sociedade e para a família” e que é preciso “repensar o que entra nas nossas casas”. 




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