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Imprensa francesa celebra libertação de jornalistas
Da AFP
22/12/2004 | 07:35
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Com títulos como "Por fim!" ou "Livres!", a imprensa francesa comemorou nesta quarta-feira o anúncio da libertação dos jornalistas Georges Malbrunot e Christian Chsesnot, seqüestrados há quatro meses no Iraque.

Apesar do alívio, os jornais questionaram a gestão do governo francês numa crise que comoveu todo o país.

"Um mistério de 124 dias", estampa na capa o jornal Libération, que afirma que a França saiu de uma questão que quase arruinou em várias oportunidades a sua reputação.

O jornal lembra os problemas diplomáticos que cercaram o caso e a "sucessão de anúncios frustrados e de erros reiterados", assim como a longa espera e a cacofonia "que levantaram dúvidas sobre a capacidade do governo para solucionar a crise".

"Livres!", anuncia o Le Figaro (conservador), do qual Malbrunot é colaborador. Com três páginas dedicadas à libertação dos jornalistas, o jornal agradece "ao presidente da República, Jacques Chirac, e ao governo por sua ação, assim como à classe política e à opinião pública por sua unânime mobilização."

Para o Figaro, "a França apostou forte para obter a libertação de Georges Malbrunot e Christian Chesnot". "Colocou em jogo sua influência no mundo árabe e o prestígio que ganhou nessa região com a oposição à política dos Estados Unidos no Iraque."

No entanto, o Figaro também cita "vastas zonas obscuras que persistiam ontem à noite (terça-feira) sobre as condições da libertação".

Nesse sentido, o jornal questiona o papel desempenhado pelas autoridades pró-EUA que governam Bagdá, assim como dos da Síria e do Irã.

"Por fim!", foi o título dos jornais L'Humanité e Le Parisien.

Segundo o anúncio oficial, Chesnot e Malbrunot foram libertados na terça-feira pelo Exército Islâmico no Iraque, grupo que os mantinha como reféns desde 20 de agosto, dia em que foram seqüestrados ao lado de seu motorista, quando seguiam para Najaf (160 km ao sul de Bagdá).

O guia sírio, Mohamed al-Jundi, foi encontrado em novembro pelo Exército americano em Fallujah, ao oeste da capital.




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