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Estado entregará Trecho Leste dia 26

Em vistoria, Alckmin anunciou data da inauguração da obra, que está 95% concluída; lançamento total da intervenção sairá com atraso de 15 meses

Por Raphael Rocha
12/06/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Em visita técnica ontem às intervenções no Trecho Leste do Rodoanel, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou a entrega total das obras daqui duas semanas, no dia 26, quase um ano após a inauguração da primeira parte da ligação, entre o entroncamento do setor Sul, em Mauá, e a Rodovia Ayrton Senna. O traçado havia sido aberto parcialmente em julho e, atualmente, está 95% pronto, chegando ao trevo da Via Dutra, em Arujá. O prazo foi estipulado pela equipe da SPMar, concessionária responsável pela construção. O lançamento integral sairá com atraso de 15 meses, considerando promessa de março do ano passado.

Devido à demora, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) notificará a empresa ao fim da operação e indicará aplicação de multa, punição definida com base nos dias de prazo estendido. Diretor-geral do órgão, Giovanni Pengue Filho alegou que a estimativa é que a sanção “esteja no valor de R$ 54 milhões”. “Eventual penalidade é por não cumprimento do contrato”, frisou. O percentual entregue até agora representa 87% das obras, o que significa 37,7 quilômetros liberados para tráfego, restando pouco mais de cinco quilômetros desta parte complementar. O cronograma original, contudo, não previa abertura parcelada.

Os trabalhos se concentram no momento em dois pontos da segunda etapa: no Túnel da Transpetro – faltando sinalização –, no km 124, e nas alças de acesso para a Dutra. Na pista interna foi realizada detonação de uma rocha encontrada no meio do trecho escavado, uma das justificativas para a protelação, além de dificuldades burocráticas, como demora para obtenção de licenças. Os operários estão finalizando a retirada do material e os serviços de pavimentação e sinalização. Nas alças de acesso, o serviço de terraplenagem está pronto, iniciando a execução dos serviços de pavimentação.

Alckmin destacou que a conclusão da obra, com investimento total de R$ 3,6 bilhões, fica apenas faltando o Trecho Norte, previsto para 2017. “É via estratégica e com isso interligamos Dutra, Ayrton Senna com o Grande ABC, Porto de Santos, Sistema Anchieta-Imigrantes, e depois as autoestradas, como Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera e Bandeirantes. Com a obra completa, incluindo o Norte, fecharemos os 177 quilômetros do Rodoanel.”

O tucano reiterou a reinserção no contrato da alça de acesso ao Trecho Leste na divisa entre Ribeirão Pires e Suzano. Com estimativa para 2017, o trevo fica na Estrada dos Fernandes. As obras devem começar em 2016, diante de aporte de R$ 160 milhões.

Tucano aguarda ajuste fiscal para iniciar Linha 18-Bronze

Chefe do Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin aguarda o fim das votações do ajuste fiscal, aplicado pelo governo federal, para iniciar as obras da Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará o Grande ABC à Estação Tamanduateí, em São Paulo. A previsão era de começo das intervenções ainda neste mês. O tucano sinalizou reunião, em julho, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, responsável pela medida de contenção, para destravar o repasse. “Nós temos dois pedidos de financiamento desde o ano passado. Há promessa da União de que encerradas as votações de ajuste fiscal eles dariam andamento”, disse.

Alckmin prevê que o pacote está próximo do término e, com o aval do Planalto, o Estado executará “imediatamente” as desapropriações. Por outro lado, ele mencionou situação desfavorável vivida no País, citando que “economia está esfriando, aumento do desemprego, recessão e policrise”. “Governo (federal) está anunciando obras de PPP (Parceria Público-Privada), concessões em portos, aeroportos, estradas e ferrovias. Os nossos estão licitados e contratados. É só liberar contraprestação.”

O investimento total é de R$ 4,26 bilhões. O tucano espera transferência no valor de R$ 400 milhões, via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e empréstimo de R$ 1,276 bilhão do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

‘Auricchio é bom quadro, mas não temos definição’

O governador Geraldo Alckmin reiterou ontem interesse na abertura da administração para representantes do Grande ABC – a região não está contemplada desde janeiro no primeiro escalão. Ao ser questionado em relação à participação regional, o tucano elogiou o ex-prefeito de São Caetano José Auricchio Júnior (PTB, 2005-2012), que ocupou a Secretaria estadual de Esporte, Lazer e Juventude no mandato anterior. “Auricchio é bom quadro e foi grande prefeito, mas não há nada definido ainda”, alegou, sem dar qualquer detalhe do cargo que pode ser indicado ao aliado.

No fim do mês passado, Alckmin sustentou que iria “trazer logo” o petebista de volta. Apesar da sinalização, o chefe do Palácio dos Bandeirantes ponderou que já há integrantes das sete cidades na equipe, elencando o ex-deputado e ex-prefeito de São Bernardo William Dib (PSDB) no conselho da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano), Clóvis Volpi (PTB, ex-prefeito de Ribeirão Pires) à frente do Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) e que Adler Kiko Teixeira (PSC, ex-prefeito de Rio Grande da Serra) integra o conselho da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia).

Antes da chegada de Auricchio, no mandato anterior, houve hiato de sete anos sem representantes do Grande ABC no primeiro escalão do Palácio dos Bandeirantes.




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