O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocou a agitação do último dia de campanha eleitoral antes do pleito de hoje pelo sossego de casa.

Lula era esperado na última atividade de campanha do prefeito de Diadema e candidato à reeleição pelo PT, Mário Reali, o que não aconteceu. Também havia expectativa de participação em atos de outros companheiros que disputam o segundo turno em cidades do Estado de São Paulo.

Um dia após receber a visita da presidente Dilma Rousseff (PT) e de integrantes do primeiro escalão do governo federal em seu apartamento, no Centro de São Bernardo, o ex-presidente comemorou seus 67 anos de maneira reservada.

Se na sexta-feira, a movimentação em frente ao prédio onde mora Lula foi intensa. Ontem, porém, a única coisa fora do cotidiano da portaria do edifício foi alguns presentes sendo deixados para o petista.

A festa antecipada de Lula durou até o início da madrugada. Pelo menos 20 pessoas participaram, dentre as quais o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.

Quase um ano após ser diagnosticado com um tumor na laringe, Lula participou ativamente da campanha eleitoral.

Mesmo com as restrições médicas, ele subiu no palanque dos aliados de todo Brasil, no primeiro e segundo turnos. No Grande ABC, ele só não participou de atividades em São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Na semana passada Lula visitou Santo André, Mauá e Diadema - cidades que estão no segundo turno - pedindo votos para Mário Reali e os prefeituráveis Donisete Braga e Carlos Grana. Lula ainda é um dos principais nomes do PT, participando de decisões e articulações políticas.

Ele foi o principal defensor da candidatura de Fernando Haddad à prefeitura da Capital, apontado pelas pesquisas eleitorais como favorito para vencer o pleito.