Setecidades Titulo Saúde
Polícia abre inquérito
para apurar morte em PS

Dona de casa, de 53 anos, faleceu domingo enquanto
aguardava atendimento no Pronto-Socorro São João

Por Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
04/10/2012 | 07:00
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A Polícia Civil de Mauá abriu inquérito para apurar as causas da morte da dona de casa Abigail Alves da Silva, 53 anos, que ocorreu na tarde de domingo enquanto ela aguardava por atendimento no Pronto-Socorro São João, localizado na Avenida Barão de Mauá. O PS funciona junto à UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro.

As investigações serão conduzidas por policiais do 3º DP (Vila São João). De acordo com o delegado seccional de Santo André, Guerson Ferreira, também responsável pela polícia civil mauaense, a apuração do caso concluirá se houve, ou não, omissão de socorro e até homicídio culposo, quando não há intenção de matar. "Nestes casos a instauração do inquérito é imediata."

Segundo a família, a vítima aguardou por uma hora e meia antes de cair ao chão da sala de espera do pronto-socorro. Abigail deu entrada às 15h na unidade com dores no peito, de cabeça e apresentava baixa pressão arterial. Acompanhada por três parentes, passou pela triagem, foi atendida por enfermeiras, mas continuou aguardando.

No atestado de óbito, a causa da morte consta como infarto agudo do miocárdio. Indignados com a postura dos funcionários da unidade, parentes registraram boletim de ocorrência e vão entrar com ação judicial contra a Prefeitura. "Não queremos indenização, e sim punição para todos os envolvidos", disse a sobrinha, Alana Prado, 26. A família já contratou advogado para dar andamento à causa. A família afirma que toda a equipe de enfermagem, da recepção e o médico responsável pelo atendimento não deram atenção à paciente, mesmo quando apresentava sinais claros de princípio de infarto.

Traumatizada, a filha de 12 anos da vítima precisará de atendimento psicológico. "Ela travou. Não interage e não fala. A família está muito fragilizada", conta.

No dia do incidente, apenas um médico atendia todos os casos de emergência. Um dia depois, o Diário esteve no local e constatou que a situação permanecia a mesma.




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