O muro que divide uma casa de um lava-rápido, no Parque Novo Oratório, em Santo André, tem causado discussões entre vizinhos da Rua Timor, 851.

Desde janeiro, a funcionária pública Maria Isolina Albuquerque, 50 anos, que atualmente mora no Jardim Zaíra, em Mauá, aguarda para se mudar para o novo endereço. O impedimento está nas tratativas com o proprietário do terreno ao lado, ocupado por um lava-rápido. Infiltrações oriundas do estabelecimento causaram rachas no muro, além de parte do piso ter cedido.

A família instalou estacas para sustentar o peso e evitar o tombamento. Enquanto isso, aguarda solução. A Defesa Civil foi acionada, mas segundo a moradora, nada foi feito até hoje. O órgão identificou risco potencial de desabamento, mas não avaliou como necessária a interdição da área. Isolina pede que a imobiliária ou o inquilino assuma a manutenção e conserte os estragos. "Tem de refazer todo o muro e arrumar o piso. O lava-rápido sempre troca de dono. Cada um que entra lá joga nas costas do outro. E o proprietário nunca nos dá retorno." A família manifestou a ideia de ajudar no custeio da reforma, mas não recebeu contrapartida dos demais envolvidos.

Nesta semana, o Diário esteve no local. Com a aproximação da reportagem, responsáveis pelo estabelecimento, que estava fechado, entraram em dois carros e foram embora.

A administração municipal informou que o imóvel está sob ação fiscal da Prefeitura, por meio do Departamento de Controle Urbano, e que o proprietário foi notificado novamente para reparar os danos causados ao vizinho