A  pausa por causa da Copa das Confederações não fez bem ao São Paulo. Após derrotas para Corinthians e Santos, no Estádio do Morumbi, e a demissão do técnico Ney Franco, o time apresentou futebol decepcionante ontem à noite, e perdeu por 2 a 1, de virada, para o Bahia, novamente em casa, em jogo antecipado da 11ª rodada do Brasileiro.

A partida ainda ficou marcada pelas expulsões de Luís Fabiano e do estreante Clemente Rodríguez – a falta cometida pelo argentino originou o segundo gol dos visitantes. A derrota deixou o São Paulo em décimo lugar, com oito pontos, enquanto o Bahia, que perdeu para o Corinthians (2 a 0) em Salvador, domingo, subiu para a terceira posição, com 11.

Com Aloísio no lugar de Paulo Henrique Ganso, o técnico interino Milton Cruz tentou deixar a equipe mais ofensiva diante da torcida. Mas o início da partida parecia demonstrar que a tática não funcionaria.

O Bahia começou dominando o rival e ficou perto de balançar a rede. Logo aos quatro minutos, o meia Anderson Talisca arriscou de longe a bola passou rente à trave. Pouco depois, o mesmo jogador parou em defesa de Rogério Ceni. Mesmo não atuando bem, o time do Morumbi achou um gol. Aos 14, Jadson lançou Luís Fabiano, que, ao dominar errado, tocou para Aloísio, que ajeitou e chutou forte para abrir o placar.

A vantagem parcial empolgou o São Paulo, que passou a mandar na partida e quase ampliou aos 18. Maicon fez jogada pela direita e tocou para Fabuloso bater para fora.

Apesar de melhor na partida, o sistema defensivo dos donos da casa estava fragilizado, e o Tricolor de Salvador teve chance de igualar o placar. Após bate-rebate, Rodrigo Caio mandou nos pés de Marquinhos Gabriel, que emendou no gol, mas o goleiro são-paulino fez bela defesa, aos 34 minutos.

Percebendo que não estava tão difícil chegar ao ataque, o Bahia melhorou na etapa final e voltou a pressionar os donos da casa, que ficaram acuados e permitiram o empate. Aos 18 minutos, Raul abriu na esquerda para Marquinhos Gabriel, que cruzou para Anderson Talisca completar para o gol. A virada quase saiu em seguida, com o próprio Talisca, que arriscou de longe e Rogério Ceni defendeu.

A situação do anfitrião piorou aos 21, quando Luís Fabiano tocou a bola com o braço, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. Mesmo com um a menos, o São Paulo tentou reagir e Lúcio quase marcou em cabeceio que parou na bela defesa de Marcelo Lomba.

Mas a noite paulista foi para esquecer. Clemente Rodríguez fez falta dura e foi mais cedo ao vestiário. E na cobrança direta à área são-paulina, Rhodolfo não cortou e Fahel fez o gol, aos 42 minutos. No fim, as vaias deram o tom da crise no Morumbi.

Clube não descarta Muricy Ramalho

Pouco antes da partida, o vice-presidente de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, afirmou que a questão salarial é importante para a contratação do novo treinador, mas não é impeditivo para acertar com Muricy Ramalho. O comandante recebia no Santos cerca de R$ 700 mil, e o Tricolor estaria disposto a pagar, no máximo, R$ 300 mil.

(Aparece) muita fofoca em um momento como esse. As notícias que estão saindo não têm procedência e, entre os parâmetros, um deles é a questão financeira. É injusto com ele (Muricy) fazer algum tipo de relação de que estaria ou não contratando, com base no salário. Não procede”, afirmou Jesus Lopes.

Além de questão financeira, o vice-presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, seria outro entrave para a contratação de Muricy Ramalho. Ele, porém, negou que seja contrário à chegada do técnico.

“Ou por má informação ou por defeito de interpretação, carregaram o noticiário de que eu restringiria o nome dele. Convivi três anos e meio de modo cortês e respeitável com isso. Se em uma única situação discordei, não indica isso. O nome dele não foi sequer indicado a mim, como de nenhum outro”, afirmou Leco. .

O preferido da diretoria são-paulina, porém, é Paulo Autuori, que rescindiu com o Vasco da Gama na terça-feira. Segundo o sitw Globoesporte.com, o treinador chega hoje à Capital paulista e já deve comandar o treino tricolor no período da tarde. (das Agências)