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SOS Bairros - Escola larga carros-alegóricos no meio da rua
Vanessa Selicani
Especial para o Diário
29/05/2007 | 07:09
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Vila Euro/São Bernardo
O carnaval em São Bernardo terminou no dia 20 de fevereiro, mas os três carros-alegóricos da escola Vivência do Samba continuam a desfilar pela Rua Padre Antônio de Souza Lima. Já sem o papel prateado e a zebra tema deste ano, eles estão enferrujados e ocupam espaço na via pública. Transformaram-se na grande atração das crianças do bairro, que se penduram na armação.

Os moradores reclamam do espaço ocupado pelas alegorias, mas têm medo de se identificar. “As escolas de samba são muito influentes por aqui, ninguém quer se expor”, comenta um comerciante da região.

Segundo os vizinhos, uma criança se cortou na alegoria enferrujada e um carro bateu em outra delas.

A vice-presidente da escola, Mirian da Silva Rocha, culpa a Prefeitura por não ter onde guardar os carros. “Também não queríamos que eles ficassem por aqui, mas a garagem disponibilizada pela Prefeitura não é segura”, argumenta.

O galpão reservado para os carros, no Bairro Jordanópolis, seria alvo de roubos, segundo Mirian. “Já perdi um carro em 2005 e achei mais seguro deixar ele por aqui mesmo”.

Este ano, as escolas de samba tiveram 30 dias para deixar os carros na garagem. Segundo o presidente da União Cultural das Escolas de Samba da cidade, Carlos Augusto Vicente, os carnavalescos precisam providenciar um local próprio para guardar o material. “Tivemos caso de roubos neste tempo, mas iremos reembolsar as escolas prejudicadas.

Diferente dos outros anos, o galpão municipal não será disponibilizado porque as escolas não cuidam do local”, explicou.

A Prefeitura informou que se os carros não forem retirados até o fim da semana, serão levados pelo departamento de trânsito para a garagem municipal. (Supervisão de Artur Rodrigues)

Jardim Canadá/Mauá
A Rua Joaquim José da Silva tem um buraco perto do número 233 e outros dois na altura do 35 há cerca de um ano. Apesar da má conservação da via, os moradores pagam pelo asfalto.

“As pessoas reclamam porque os buracos estão cheios de água. Quando passa um carro, molha todo mundo”, reclama a dona de casa Daniele Batista, 19 anos. Os motoristas que escapam das valas ultrapassam a outra pista. “Já comemoramos até o aniversário deles (das crateras)”, diz a dona de casa Nedina Estaguinária, 45 anos. A Prefeitura promete realizar a recuperação da via até o fim desta semana.

Vila Junqueira/Santo André
Edivaldo Luís de Oliveira, 62 anos, perdeu a conta de quantos ratos já matou. Parou de contar no número 50.

Ele conta com orgulho das armadilhas que montou para pegar os bichos: o buraco cavado no quintal com um laço acionado por toque, a gaiola com queijo dentro e as ratoeiras permanentemente montadas.

“O pior é que a Prefeitura vem e coloca o veneno no esgoto. Depois a água vai para a Billings e somos nós que bebemos”, indigna-se Oliveira. Ele acha que todo morador deveria ganhar uma ratoeira.

Os ratos atazanam também o sono do mecânico Airton Lopes, 54 anos. “Eles ficam brigando no telhado. Os bichos são enormes, não dá nem para dormir direito”, reclama.

A Prefeitura informou que a desratização no bairro foi feita em setembro do ano passado e deve ser feita novamente em julho.




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