Setecidades Titulo Orçamento
Sto.André e Rio Grande são mais eficientes no combate à Covid-19

Municípios gastaram R$ 4.900 com cada um dos infectados; em São Bernardo, foram R$ 10,7 mil

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
09/10/2020 | 00:01
Compartilhar notícia


Financeiramente Santo André e Rio Grande da Serra foram as duas cidades mais eficientes do Grande ABC no combate à pandemia do coronavírus. Os municípios gastaram R$ 4.980,04 e R$ 4.939,58, respectivamente, para cada cidadão contaminado. Do outro lado, São Bernardo gastou o dobro para tentar controlar a doença, com R$ 10.701,40 por paciente e ainda assim tem números piores na proporção de mortos por habitante. Os dados são do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e consideram informações das prefeituras até setembro – veja dados por cidade ao lado.

Desde o início da pandemia, São Bernardo é um dos municípios da região com maior mortalidade da Covid, com 110 mortes a cada 100 mil habitantes. Por sua vez, o índice em Santo André é de 82 óbitos a cada 100 mil moradores e, em Rio Grande da Serra, a proporção é de 48 falecimentos por 100 mil residentes. A taxa indica se o sistema de saúde das cidades está sabendo lidar com a pandemia e também reflete fatores como o perfil da população, ou seja, em locais onde os moradores são mais velhos, a mortalidade tende a ser maior.

O total empenhado pelas administrações inclui ações que antecedem o diagnóstico, tais como a compra de testes e a criação de leitos hospitalares.
A Prefeitura de São Bernardo afirmou que o valor foi investido em diversas ações, como implantação de dois hospitais exclusivos para o tratamento dos infectados pelo coronavírus, o Hospital Anchieta e o Hospital de Urgência, que totalizaram 350 novos leitos, e a realização de 131 mil testes. “É importante destacar que São Bernardo foi uma das cidades do Estado que mais receberam pacientes da Covid”, assinalou a nota.

Em São Caetano, que empenhou R$ 9.359,88 por paciente, a administração apontou que o município se tornou referência nacional após examinar mais de 73 mil pessoas, maior volume de testagem do Estado. O dispêndio também incluiu ações como a compra de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e de medicação.
Ribeirão Pires, cuja quantia por paciente é de R$ 6.018,87, explicou que parte do investimento foi destinada à estruturação e ao funcionamento do hospital de campanha, fora a compra de outros insumos necessários para o enfrentamento do novo coronavírus.

SANTO ANDRÉ
Secretário da Saúde de Santo André, Márcio Chaves salientou que fator essencial para otimizar o uso dos valores foi o aproveitamento de recursos que já estavam disponíveis. “Na montagem dos hospitais de campanha, optamos por usar estruturas já consolidadas e em boas condições. Tanto no (Ginásio Pedro) Dell’Antonia quanto no (Estádio) Bruno Daniel e na UFABC (Universidade Federal do ABC) pudemos utilizar a cozinha, os vestiários e os banheiros, barateando a implementação dos equipamentos”, exemplificou.

O secretário também destacou a agilidade na tomada de decisões. “Quando soubemos do avanço da Covid, sobretudo na Europa, antecipamos o planejamento de algumas ações. E, quando houve a confirmação de contaminação comunitária em São Paulo, imediatamente iniciamos a construção dos hospitais de campanha”, explicou.

Questionadas, as demais prefeituras do Grande ABC não responderam até o fechamento desta edição. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;