O presidente do Corinthians, Clodomil Orsi, já avisou que não pretende se manter na cadeira de Alberto Dualib. Na quarta-feira, Dualib pediu afastamento do cargo por 60 dias, a exemplo do vice Nesi Curi.

Ambos são acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrinha.

O Ministério Público também denunciou Kia Joorabchian, líder da fracassada parceria alvinegra. Persiste ordem de prisão contra o iraniano.

Como vice da diretoria, Orsi assumiu o posto. No entanto, deixou claro que nada fará para prolongar o mandato. A licença de Alberto Dualib acaba em setembro. “Nunca tive a intenção de ocupar este cargo”, disse.

Antes mesmo de tomar posse oficial, prevista para segunda-feira, Orsi, jeito diplomático, avisa que não fará mudanças na política do clube.

O dirigente conta que preferia não se intrometer na polêmica sobre a permanência ou não de Dualib, que teve as contas do ano passado rejeitadas no Conselho Deliberativo.

Agora, Orsi carrega um objetivo definido. “Não serei aquele que dirá se ele (Dualib) deve sair ou não. Não posso e não vou me intrometer. Minha tarefa é tocar administrativamente o Corinthians para que seja maior e muito mais seguro. Quero colaborar da melhor maneira possível”, diz Orsi, espécie de conciliador.

O advogado Heraldo Panhoca, que acompanhava Orsi na entrevista, afirmou que haverá uma auditoria para se apurar possíveis fraudes cometidas na parceria Corinthians-MSI.

A pauta das investigações ainda prevê um levantamento detalhado nas contas da administração Alberto Dualib. Enquanto isso, o líder oposicionista, Andrés Sanchez, voltou a criticar as interferências da agência de Carla Dualib nos contratos de patrocínio.