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Sem acordo, bancários decidem por greve
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
23/09/2010 | 07:09
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Sem negociação, os 6.500 funcionários dos bancos na região irão parar as atividades a partir de quarta-feira (29). Ontem, a Fenaban (Federação Nacional de Bancos) propôs para a categoria a reposição da inflação, de 4,29%, como sendo reajuste, sem aumento real.

"Chegar a uma mesa de negociação oferecendo esse índice, e mais nada, é no mínimo uma provação para nós trabalhadores. Nossa pauta pedia 11% de reajuste. É uma discrepância", analisa o secretário geral do Sindicato dos Bancário do ABC, Eric Nilson.

Por isso, segundo ele, a categoria decidiu por levar o proposto para assembleia, dia 28 (quinta-feira) e já anunciam greve, em todo o País, no dia seguinte. "As diretorias dos sindicatos vão notificar os banqueiros no prazo determinado por lei", afirma Nilson. Não houve proposta quanto às demais reivindicações - PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários, mais R$ 4.000 para cada funcionário, refeição e alimentação no valor de um salário-mínimo (R$ 510), piso salarial de R$ 2.157,88, além de previdência complementar para todos os trabalhadores.

O secretário geral do sindicato regional também enfatiza que, não houve debate quanto às questões de contratação, segurança do trabalho, entre outras melhorias trabalhistas. "Mesmo com mobilizações, não avançamos em nada."

Os bancários também pediam piso salarial para escriturários de R$ 2.157,88; para funcionários que trabalham na portaria, de R$ 1.510; de caixa, de R$ 2.913; como 1º comissionado, de R$ 3.641; e como primeiro gerente, de R$ 4.855.

Em nota oficial, a Fenaban declara que, a fim de assinarem o acordo coletivo, o patamar de reajuste para avançar nas negociações, partiu da reposição de 4,29%, "correspondentes aos índices da inflação, na busca do percentual final que corrigirá, com aumento real, salários, pisos, benefícios e PLR".

A instituição patronal ressalta ainda que " os reajustes que forem pactuados serão aplicados sobre uma convenção coletiva considerada a melhor do País, que assegura aos bancários média salarial de R$ 4.111; jornada de trabalho reduzida, de seis horas diárias; auxílio refeição de R$ 16,88/dia, inclusive nas férias e oportunidade de carreira".

No Grande ABC, há 370 instituições bancárias - o que corresponde a 6.500 trabalhadores. No País são 460 mil profissionais, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.




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