Candidato a deputado federal em outubro, o vereador Edson Sardano (PTB), de Santo André, admitiu retorno ao governo do prefeito Paulo Serra (PSDB), reassumindo a Pasta de Segurança, e, diante do rearranjo, recompõe acordo que vai abrir espaço a Marcos Pinchiari, primeiro suplente do partido – o petebista tende a ser formalizado no cargo de alto escalão do Paço em fevereiro. “Já assumi a proposta de voltar para a secretaria”, disse, ao descartar, pouco antes, intenção de concorrer no pleito pela presidência da Câmara, em dezembro. “Isso não passa pela minha cabeça.”

Sardano fará parte da reformulação do secretariado que Paulo Serra desenha no Executivo com vistas ao projeto de reeleição em 2020, que deve contabilizar pelo menos quatro trocas de comando nas áreas, incluindo no pacote a ida do também vereador Professor Minhoca (PSDB) à Pasta de Esportes.

Com o regresso ao Paço, o petebista realinha ajuste, firmado na eleição de 2016, que, nos bastidores, teria que ser cumprido por Lucas Zacarias (PTB), filho do vice-prefeito Luiz Zacarias (PTB). Aliás, o desgaste do número dois do Paço, após problemas internos, tem aberto o diálogo também para tratativas sobre a sua substituição daqui dois anos.

Ex-vereador, Pinchiari está fora do Legislativo desde o começo deste ano, quando Sardano se desincompatibilizou da função para cumprir exigência da legislação e ficar apto à disputa eleitoral.

Pelo perfil, Sardano, que é coronel reformado da PM (Polícia Militar), era sondado para entrar na briga pela direção da mesa diretora do Legislativo, na sucessão de Almir Cicote (Avante) – entre os nomes aventados na ala governista está Pedrinho Botaro (PSDB), atual líder do governo na Casa. “Farei meu trabalho. Vou colaborar com o prefeito. Pertenço ao grupo político, e o projeto coletivo está acima do individual, mas o candidato indicado do governo (à presidência) terá meu apoio e meu voto”, esquivou-se.