Política Titulo Diadema
Em reunião sem Regina, Lauro indica que lançará Márcio como estadual

Prefeito de Diadema reúne bancada do PV, ao lado do vice, e explicita vantagem do verde; foco é demover ex-deputada e Marcos Michels

Júnior Carvalho e Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
28/11/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


Em reunião restrita realizada no Paço de Diadema, na semana passada e sem a secretária Regina Gonçalves (PV, Habitação), o prefeito Lauro Michels (PV) indicou aos vereadores da bancada verde que escolherá o vice-prefeito e chefe de Gabinete, Márcio da Farmácia (PV), como candidato do governo a deputado estadual no ano que vem.

No encontro, em que o próprio vice-prefeito participou, Lauro explicitou a vantagem de Márcio em sondagens internas. Como revelou o Diário, diante duelo interno entre o vice, Regina e o presidente da Câmara, Marcos Michels (PSB), o prefeito promoveu eleição entre os comissionados da Prefeitura para questionar qual figura do governo gostaria de ver nas urnas no ano que vem.

O resultado do pleito interno deu vitória a Márcio, seguido por Regina e, na sequência, por Marcos. Porém, nem a secretária, que já ocupou mandato na Assembleia Legislativa como suplente, nem o presidente do Legislativo teriam reconhecido o resultado e não demonstram abrir mão de candidatura.

Diante dessa indefinição, Lauro aproveitou o momento de desvantagem política de Marcos Michels, que foi forçado pela Justiça paulista a demitir quatro assessores por gabinete – a exoneração será na quinta –, para amarrar adesão dos vereadores em favor de Márcio. Segundo apurou o Diário, o prefeito garantiu aos verdes abrigar, pelo menos, um apadrinhado de cada parlamentar no governo.

Para não desagradar Regina nem Marcos, o discurso do governo pró-Márcio (que tende a ser absorvido pelos parlamentares) está pautado em números. A estratégia é de evidenciar que o hoje vice-prefeito leva vantagem eleitoral, já que a secretária se esquivou das urnas no ano passado – sua última eleição foi em 2014 – e que Marcos teve desempenho aquém do esperado para uma figura que comandou a Secretaria de Educação durante praticamente todo o primeiro mandato de Lauro.

A avaliação entre os verdes é que o momento para Márcio ser candidato é favorável – foi eleito vice-prefeito e elegeu o filho, Márcio Júnior (PV), como vereador – e que apostar em outro nome é arriscado.

Por outro lado, Regina diz ser candidata legítima do governo, uma vez que, apesar da derrota, recebeu 58.009 votos em 2014. Marcos, por sua vez, já estaria articulando apoio de vereadores do DEM e do PPS para ser candidato à revelia do governo do primo. A ideia do Paço, porém, é tentar convencê-lo a sair a federal.

Na reunião, Lauro também teria garantido que não será candidato a deputado estadual no que vem, como ventila-se. Com Márcio candidato, porém, Lauro teria mais facilidade para mudar o jogo eleitoral caso mude de ideia às vésperas do pleito. Se o prefeito renunciasse para ser candidato, Márcio seria beneficiado politicamente assumindo o Paço. 




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