Economia Titulo Natal
Clientes formam filas em supermercados na véspera

Carnes natalinas congeladas já estão mais
baratas nos estabelecimentos do Grande ABC

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
25/12/2016 | 07:18
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André Henriques/DGABC


Parece tradição. Todo ano, em plena véspera de Natal, muitos consumidores vão às compras a poucas horas da ceia. Resultado: longas filas nos estacionamentos e nos caixas das redes supermercadistas da região. Muitos enfrentam a multidão pela falta de tempo, outros, na esperança por algumas promoções.

A designer de interiores Ester Toledo, 44 anos, de Santo André, sempre vai aos estabelecimentos na véspera. “Trabalho muito e consigo comprar tudo o que preciso em uma manhã. A festa é em minha casa e sou eu quem faço os pratos. Gosto de manter essa tradição, esse espírito natalino, de receber as pessoas”, contou. Para os preparativos, Ester reservou R$ 800. “São bebidas, panetones, aves, mais todos os ingredientes para saladas, guarnições.”

Nas prateleiras de algumas redes já era possível notar preços menores, principalmente em relação às carnes. O quilo do lombo congelado temperado era vendido a R$ 9,90, e o quilo das aves fiesta, a R$ 8,98. A peça do chester saía por R$ 33,85 (R$ 3,39 o quilo). Esse movimento, de acordo com consumidores, vem se mantendo ao longo dos anos, devido ao fato de se tratar de itens típicos do jantar e almoço de Natal. “As variações de valores são frequentes entre um mercado e outro, mas todo ano é assim, quanto mais próximo, melhor o preço. E em comparação com o ano passado, os valores não ficaram diferentes”, avaliou o aposentado Florivaldo Prudêncio, 74, de Santo André. Para a ceia, ele colocou no carrinho tender, itens para o salpicão (salada de frango) e bebidas. “Tem que ter uma cervejinha. Mas só consigo comprar as coisas porque, apesar de aposentado, eu trabalho e tenho uma renda extra. Separei R$ 400 só para o jantar.”

Se por um lado pode-se encher o carrinho, por outro, é preciso ter cautela para não extrapolar o orçamento. O andreense Luiz Fernando de Oliveira, 37, está desempregado, e aguarda surgir uma oportunidade como vendedor para se recolocar no mercado de trabalho. Ele e a mulher, que está mantendo a casa sozinha, estipularam gastar R$ 200. “Compramos uma carne de porco e hoje (ontem) viemos pegar frutas e alguns ingredientes para as sobremesas. Para quem está sem renda fica tudo caro, mas sempre há como economizar e não deixar passar em branco.”

TUDO PRONTO - Custo-benefício era a palavra-chave para a auxiliar hospitalar Vanessa Barreto, 36, de São Bernardo. Neste ano, repetiu a fórmula adotada em 2015: comprar pratos já prontos na rotisserie do supermercado. “Compensa muito, em termos financeiros e de comodidade. Se compro os ingredientes para cozinhar gastaria até mais. No ano passado a família aprovou, então, neste, vou levar as coisas já prontas.” Na lista estão salada de grão- de-bico, pernil (que encomendou com antecedência) e salpicão de frango. Para a sobremesa, torta de limão.

Os preços dos pratos são acessíveis. Entre os mais comprados estão: arroz de forno (R$ 2,70 cada 100 gramas), tender, lombo e lagarto fatiados (R$ 4,60 por 100 gramas), farofa com frutas (R$ 3,50, a cada 100 gramas) e ainda salgadinhos fritos (diversos, a R$ 3,30, 100 gramas).

Frutas típicas não ficaram de fora dos carrinhos. A manga era comercializada a R$ 2,99 o quilo, o pêssego saía por R$ 6,49 o quilo, a bandeja de uva niágara, típica da data, custava R$ 7,50 (média de 500 gramas). Castanha-do-pará e nozes pesaram um pouco mais no orçamento: R$ 10 e R$ 13,20 cada 100 gramas. A tâmara saía por R$ 4,40, a mesma quantidade. Os supermercados não abrem hoje.


Peixe é opção de minoria para ceia

Na contramão da tradição, poucos consumidores optaram pelo peixe como prato principal para a ceia de Natal. Essa foi a opção da auxiliar de loja Ariel Zucatelli, 31 anos, de Santo André. Uma posta de salmão, com 600 gramas, saiu por R$ 38,27. “Se for ver é mais caro do que as aves e carnes de porco bastante consumidas nesta época, mas pensando em preferência no paladar e na saúde, escolho o peixe. É possível levar porque sou só eu e meu companheiro. Porque se fosse fazer para mais gente acabaria não compensando financeiramente.”

O quilo do filé de salmão era encontrado a R$ 59,99, já o de tilápia sai a R$ 26,99 , sendo alternativa mais leve ao bolso.

Quanto às sobremesas, os mercados dispunham de opções para quem não queria gastar muito ou não tinha tempo para cozinhar. As rotisseries tinham tortas e pudins por R$ 20, em média. Caixas de bombons, como as da Nestlé, estavam na promoção, a R$ 7,99.  




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