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Vila Bastos tem blitz após denúncias
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
11/09/2010 | 07:02
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Depois das denúncias dos moradores veiculadas no Diário, a Prefeitura de Santo André - através da Guarda Civil Municipal - e as polícias civil e militar fizeram a primeira operação na Vila Bastos, região central da cidade, para coibir a ação dos garotos de programa nas imediações da Praça Kennedy, localizada no início da Avenida Lino Jardim.

Cerca de 70 agentes, entre GCMs, policiais civis e militares, participaram da ação que começou por volta das 20h de ontem e deve ser estendida até amanhã. Durante esse período, o 1º DP (Distrito Policial) recebeu reforço para atender as ocorrências vindas da Vila Bastos.

As reclamações são, desde o som alto vindo dos carros que passam com motoristas tentando abordar os rapazes que ficam nas calçadas se oferecendo para programas, até denúncias de uso de drogas e pessoas que chegam a praticar atos libidinosos e sexo perto de árvores e dentro de veículos.

REUNIÃO
As datas das operações e as estratégias foram discutidas em reunião durante a manhã de ontem com participação do secretário de Segurança de Santo André, Adilson de Lima.

Para amenizar o problema, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos vai começar uma reforma da praça. "Na primeira fase do projeto, que começa agora em Outubro, vamos deixar a vegetação mais aparente e melhorar o piso para facilitar a situação das pessoas que lá caminham", diz Alberto Rodrigues Casalinho, secretário da Pasta. Na segunda etapa do projeto, prevista para o fim do ano, Casalinho pretende alterar o desenho da praça para favorecer o patrulhamento. "Devo ter o projeto em mãos na segunda quinzena deste mês de setembro. Ao todo, gastaremos cerca de R$ 300 mil no serviço como um todo." O secretário afirma que a Praça Kennedy passou a ser prioridade devido às denúncias dos moradores.

O comandante do 41º Batalhão, da PM, capitão Telmo Araujo, acredita que as medidas da Prefeitura com relação à praça irão facilitar o patrulhamento. "Hoje, os policiais que passam nas viaturas não conseguem enxergar o que está acontecendo no local."

O coordenador do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), Marcus Vinícius, diz que, desde a segunda-feira - quando a denúncia feita pelo Diário foi publicada - investigadores já começaram a atuar na região. "Mandamos viaturas descaracterizadas para fazer um levantamento do local e já temos muita coisa mapeada que vai nos ajudar na operação", garante.

Segundo o comandante da GCM, Paulo Rodrigues, as ações devem continuar nas próximas semanas. "Fazemos uma operação saturação e depois vamos continuar atuando para a manutenção."

O administrador de empresas, Eduardo Chiconello, 43 anos, morador da região, acredita que "a ação será um divisor de águas em relação à segurança no local e à qualidade de vida das pessoas. Mas, não pode parar", ressalta.




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