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Amigos e familiares se despedem de ciclista morto na Imigrantes
Nelson Donato
Especial para o Diário
06/09/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Foi sob forte comoção de amigos e familiares que o vendedor Valdilei Antônio Lopes, 42 anos, foi enterrado ontem, no cemitério Vale da Paz, em Diadema. Na manhã de domingo, Lopes e dois cunhados pedalavam no km 20 da Rodovia dos Imigrantes, quando foram atropelados pelo motorista Paulo Leonardo do Nascimento, 26, que alcoolizado, invadiu a faixa zebrada onde os ciclistas estavam. Ele deixou mulher e dois filhos.

Honesto, trabalhador, gente boa e excelente pai. É assim que as pessoas próximas a Lopes o descrevem. Ontem, após o enterro do ciclista, parte da família se reuniu na casa do sogro da vítima em busca de forças para superar a dor da perda.

Emocionado, o cunhado Sebastião Nunes da Silva, 41, relembra o acidente. “Todo domingo nós costumávamos pedalar. Às vezes nosso trajeto era até o (parque do) Ibirapuera. Dessa vez decidimos nos encontrar aqui no paço de Diadema e o Valdilei sugeriu fazer o passeio até o Rodoanel. Na volta eu já me despedia dele e do meu irmão quando aquele carro veio pra cima, enquanto eles estavam no zebrado, e os atropelou. Nem ao menos tentou frear.”

Os olhos de Silva se enchem de lágrimas ao falar do cunhado. “Era um cara que estava sempre alegre, um pai exemplar. Era o sustento da sua família. Ele estava muito feliz com a pastelaria e com o trabalho de vendedor. Minha irmã está arrasada e o meu sobrinho de 13 anos está em choque. Não conversa com ninguém e nem chora. Mas, eu temo pela impunidade. Soube que o assassino do Valdilei pode ser solto hoje (ontem). Se isso acontecer, nossa revolta vai ser ainda maior, pois ele bebeu e assumiu o risco de matar.”

Vizinho da família, o aposentado Domingos Pimentel, 59, conhece Lopes há mais de 16 anos e afirma que nunca o viu triste. “Com ele era só amizade, um sujeito gente boa demais. Estamos todos muito tristes. Era um homem que trabalhava muito. Lembro que ele estava desempregado quando abriu a pastelaria, que estava fazendo muito sucesso. Minha filha pequena conversou bastante com o Valdilei, que era sempre muito alegre.”

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública não se manifestou sobre o desdobramento do caso até o fechamento desta edição.

 




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