Segundo a imprensa argentina, Marx e Cavallo tiveram uma dura discussão quando o ministro decidiu limitar os saques nos bancos sem consultar o vice-ministro. Marx teria dito que limitar os saques a US$ 250 por semana provocaria uma severa perda de confiança dos mercados no governo argentino.

A renúncia não tem confirmação oficial por fontes governamentais. A imprensa local, entretanto, cita fontes do Palácio da Fazenda e afirma que Marx já entregou o cargo ao presidente Fernando de la Rúa e a Cavallo. Segundo a versão on-line do jornal econômico Ambito Financiero, a oficialização da renúncia ocorre nesta sexta-feira.

O mais cotado para ficar com a vaga de Marx é o ex-secretário de Finanças e atual presidente do Banco Hipotecário, Miguel Kiguel.

Marx conduzia o árduo processo de troca da dívida. Para complicar a situação, o governo tenta negociar nesta sexta-feira o vencimento de quase US$ 1 bilhão em títulos da dívida interna. Cavallo passou toda a quinta-feira tentando encontrar soluções para cumprir os compromissos da dívida.

Uma fonte do governo afirmou à Agência France Presse que Marx seguirá colaborando com a chamada Fase II da troca da dívida, dedicada aos detentores internacionais de títulos. Na primeira fase da troca da dívida, a Argentina conseguiu reduzir os juros em média de 11% para 7%, poupando mais de US$ 5 bilhões em 2002, entre juros e principal.