Setecidades Titulo
‘Soldado’ do PCC é preso acusado de matar líder de facção rival
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
22/02/2006 | 08:18
Compartilhar notícia


A Polícia Civil de São Bernardo desmantelou um esquema que culminou no assassinato de um dos líderes do CRBC (Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade). Roberto Ribeiro Batista Lima, 27 anos, o Beto Espinha, era o homem mais alto da hierarquia de presos no Presídio de Tirapina, no interior do Estado, quando o PCC (Primeiro Comando da Capital) – principal rival da facção – comandou em 2001 uma mega rebelião que amotinou 30 mil detentos em 29 unidades prisionais de São Paulo. Na ocasião, Beto Espinha não deixou a rebelião tomar conta do presídio onde estava preso e foi jurado de morte.

Após cumprir sete anos de pena por roubo, Espinha voltou para o Sítio Bom Jesus, periferia de São Bernardo, onde morava. Em julho do ano passado, quatro anos depois da sentença de morte ser proferida, o criminoso foi executado com cerca de 18 tiros, quando chegava em sua casa. A maioria dos disparos atingiu o rosto de Espinha, o que reforçou ainda mais as suspeitas de que o crime foi motivado por vingança. Terça pela manhã, um dos acusados pelo assassinato foi preso pelos investigadores da Homicídios de São Bernardo. Álvaro Damon Lins, 20 anos, o Paraíba, assumiu sozinho a autoria do crime e negou envolvimento com o PCC.

Segundo o criminoso, a execução foi motivada por uma “umas brigas” que ele tinha com Beto Espinha. A polícia, no entanto, diz ter indícios suficientes para crer que o homicídio foi encomendado pelo PCC e que, além de Paraíba, outros homens ligados à facção criminosa teriam participado da execução. Paraíba foi preso em sua casa, no Jardim do Lago – periferia de São Bernardo próxima do Sítio Bom Jesus, onde Espinha morava. O criminoso já cumpriu pena na Cadeia de Pinheiros, na Capital, por roubo e receptação. Se condenado pelo homicídio, pode pegar até 20 anos de prisão.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;