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Ex-nora de Lula vira chefe
administrativa da Saned
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
17/03/2011 | 07:09
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Carla Ariane Trindade da Silva, ex-nora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi nomeada gerente administrativa da Saned (Saneamento de Diadema) na semana passada, com vencimento de R$ 6.650. Ela foi casada com Marcos Lula (PT) - candidato indeferido a vereador em 2008 -, com quem tem um filho e protagonizou questionamentos de nepotismo por ter ocupado cargo de comissão na Sama (Saneamento de Mauá), em 1997, segundo mandato do prefeito Oswaldo Dias (PT).

A companhia de Diadema passa por momentos finais de vida. O prefeito Mário Reali (PT) prometeu concluir a criação da CSAD (Companhia de Saneamento Ambiental de Diadema) até maio. A nova empresa será fruto da fusão da Saned com a Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo). A manobra vai garantir a quitação de R$ 685 milhões de débitos. Com a nova empresa, apesar da garantia de recontratação do funcionalismo, a logística administrativa vai mudar, já que o município cederá 50% de espaço ao governo do Estado.

Carla aparece como doadora de R$ 1.000 para a campanha a vereador do ex-marido e R$ 50 a de Reali, em 2008.

O vereador tucano José Francisco Dourado pretende protocolar requerimento de informação solicitando justificativas para a ação, durante a sessão ordinária de hoje. O líder do governo, Orlando Vitoriano (PT), rebateu o rótulo de nomeação política e alegou que a demanda das legendas governistas - PSB, PMDB, PRB, PSC, PTB, PV e PCdoB - estaria em primeiro plano.

A empresa disse que o cargo de gerente de licitações ficou vago e passou a ser ocupado pelo então gerente administrativo. Ela destaca que Carla foi chefe de administração de recurso humanos da companhia por seis anos e é formada em Psicologia/CW, o que a torna capaz de assumir a tarefa.

 

Pré-candidato ao Paço de Diadema em 2008 deixa o DEM

 

Quase candidato a Prefeitura de Diadema pelo DEM em 2008, Paulo Milanesi deixou o partido na segunda-feira. Sem perspectiva de voltar a ser cogitado como prefeiturável, ele pretende ficar até três meses fora das atividades partidárias para observar o melhor posicionamento em 2012.

À época, Milanesi foi boicotado pelo segundo colocado na corrida pelo Paço, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), que convenceu o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), a encerrar o planejamento da comissão provisória da legenda no município e a determinar coligação com o tucano. Então democrata, Milanesi não chegou nem a ser o vice na chapa tucana. "Foi um desperdício", define.

Milanesi é médico concursado da rede pública de Diadema e São Paulo. Em 2008, acumulava cargos comissionados na prefeitura de Kassab. A promessa era de que continuasse em funções estratégicas. "Não sou mais comissionado, mas não foi por isso que deixei. Acho que não tinha mais interesse da minha parte nem da parte do DEM", disse.




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