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Um quarto da humanidade vive na miséria, revela OIT
Por Do Diário do Grande ABC
21/06/2000 | 09:53
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Um quarto da Humanidade vive na miséria, afirma o Departamento Internacional do Trabalho (OIT, secretaria permanente da Organizaçao Internacional do Trabalho), na ediçao 2000 de seu relatório sobre o trabalho no mundo.

Cerca de 1,5 bilhao de homens e mulheres dispoem de menos de um dólar por dia para subsistir. Nos países em desenvolvimento, cerca de um terço da populaçao vive com menos de um dólar por dia, 30% dos adultos sao analfabetos, 30% nao têm acesso à água potável e 30% das crianças menores de cinco anos têm um peso inferior à média normal.

Segundo a OIT, mais de 40% dos habitantes da Africa ao Sul do Deserto do Sahara e do Sul da Asia vivem na miséria, numa proporçao que só vem aumentando nos últimos anos. Recentemente, a populaçao pobre aumentou em 200 milhoes de pessoas. As regioes onde a miséria se alastrou mais foram a Africa ao Sul do Sahara, os países do Leste europeu e mais a Asia central e o Sudeste asiático.

``A grande maioria da populaçao de vários países em vias de desenvolvimento nao goza de nenhuma proteçao social', afirma o estudo. Nao existe praticamente nenhuma proteçao para os trabalhadores do setor informal, que conta com 750 a 900 milhoes de trabalhadores subempregados que nao conseguem cobrir seus gastos mais elementares. Nesta cifra se encontra uma forte proporçao de mulheres.

Dos 150 milhoes de desempregados contabilizados oficialmente em todo o mundo, apenas um quarto se beneficia de alguma forma de seguro-desemprego. ``Os que tiveram a oportunidade de estar cobertos por um seguro-desemprego se concentram nos países industrializados' e sao, em sua grande maioria, trabalhadores com contrato, segundo a OIT.

Os sistemas mais generosos de proteçao contra o desemprego se encontram no norte da Europa ocidental. Austrália, Canadá, Irlanda, Japao, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos dispoem de sistemas de proteçao denominados ``intermediários': a proporçao de desempregados que recebem subsídios por desemprego é menor e o número de prestaçoes para adquirir o benefício é inferior.

A ampliaçao da abrangência da proteçao social deve ser o objetivo principal dos governos, conclui a OIT. Com esse objetivo, ``o apoio do Estado em termos de financiamento, de formaçao e de regulamentaçao é indispensável em nível nacional e local', diz o relatório.

Em alguns países existem programas de proteçao social a partir de uma base territorial e profissional. Esses grupos de mutuários foram criados geralmente por trabalhadores independentes e do setor informal, na maioria das vezes com o apoio de ONGs e sindicatos. A ampliaçao e a reproduçao destes mecanismos de proteçao social precisa de todo apoio das autoridades locais e naçoes, recomenda a OIT.




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