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Emprego na construção cresce 0,58% na região
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
15/03/2009 | 07:04
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Na contramão das milhares de demissões no setor industrial da região, o mercado imobiliário começa a dar sinais de reaquecimento depois do período de fortes preocupações causadas pela crise. É o que mostra a pesquisa mensal do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) feita em parceria com a FGV Projetos, da Fundação Getulio Vargas.

Conforme a pesquisa, ao final de janeiro o Estado de São Paulo contava com 7.657 novos trabalhadores contratados com registro em carteira. O aumento foi de 1,29% na comparação com dezembro do ano passado.

No total, são 600 mil trabalhadores ocupados, um aumento de 13% nos últimos 12 meses.

Na regional de Santo André do SindusCon-SP, a variação ficou levemente abaixo da média do Estado, com alta de 0,58% no número de contratados em janeiro frente a dezembro do ano passado. Foram criadas 166 vagas no período.

Rosana Carnevalli, diretora adjunta da organização, acredita que não haverá estagnação do crescimento no número de postos de trabalho, mesmo diante das incertezas geradas pela crise financeira. "Aqui no Grande ABC tem muita demanda por moradias", afirma. No entanto, o perfil dos imóveis deve sofrer alteração.

Diferentemente dos anos anteriores, quando foram entregues imóveis em sua maioria para o público de alta renda, daqui para frente, Rosana aposta em segmentos menos valorizados do mercado imobiliário. "Agora, a indústria da construção deve crescer principalmente para moradias de classes B e C, público que ainda é carente em opções de imóveis."

O crescimento da indústria da construção no segmento de imóveis novos, além de oferecer novos postos de trabalho, enfraquecendo o desemprego, proporciona maior giro da economia. O gargalo, no entanto, para recuperação do setor é o crédito para financiamento de novos empreendimentos. "Existe crédito para imóveis já construídos, mas são as unidades novas que alimentam a economia com contratações, compras de materiais de construção, entre outros", lembra a diretora adjunta do SindusCon-SP.

Para o ano, Rosana é otimista e prevê resultados positivos. "A tendência, agora com a crise, é de crescimento de 5% ao ano no número de empregos na região", afirma. "Claro que não cresceremos tanto quanto o ano passado, mas não há risco de estagnação."




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