Política Titulo RUA NÃO FOI CONSTRUÍDA
Na 2ª reunião, CPI da Tecnisa ouve secretário de Habitação

Chefe da Pasta de Diadema, Eduardo Monteiro é interrogado sobre empreendimento imobiliário

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
23/05/2015 | 07:07
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A CPI da Tecnisa, que investiga supostas irregularidades na construção de prédio no bairro Piraporinha, em Diadema, ouviu ontem o secretário de Habitação do município, Eduardo Monteiro, na segunda reunião da comissão, desde sua instauração.

Em 9 de abril, reportagem do Diário revelou desrespeito à LOM (Lei Orgânica do Município) feito pelo governo do prefeito Lauro Michels (PV) e pela construtora Tecnisa, que descumpriram acordo de contrapartida e não construíram rua entre as avenidas Ulysses Guimarães e Fábio Eduardo Ramos Esquível para amenizar impacto no sistema viário.

Presidente da comissão, o oposicionista Josa Queiroz (PT) relatou que o depoimento do secretário municipal marcou a primeira ação efetiva do trabalho, evitando emitir opinião sobre as informações coletadas. “É muito precoce emitir qualquer parecer. Essa primeira atividade foi muito proveitosa, mais no sentindo de esclarecer dúvidas do que elucidar questões técnicas e administrativas.”

O petista salientou que não há como detectar irregularidade neste momento. “Conforme conseguirmos avançar (na apuração), alguns pontos ficarão evidentes quanto ao não cumprimento (da contrapartida) ou desrespeito (à lei). Combinamos organizar os trabalhos toda sexta-feira e dar o ritmo necessário para trazer resultado à tona mais breve”, adicionou.

Para a próxima semana, Josa antecipou que o depoimento seria do Milton Nakamura, secretário de Habitação na gestão do prefeito Mário Reali (PT), em 2012, quando o projeto que viabilizou a construção do prédio foi aprovado pelos vereadores. Entretanto, o ex-titular da Pasta alegou compromissos no dia e solicitou adiamento.

“Vamos ver quem conseguimos chamar, uma vez que o Milton pediu para reagendar. Devemos nos reunir na segunda-feira para definirmos isso. Devemos trabalhar para conseguir outro depoimento mais técnico”, acrescentou Josa.

A CPI da Tecnisa foi aprovada sob muita contestação na Câmara por parte dos situacionistas, que acusaram a bancada do PT de buscar holofote político. Porém, os oposicionistas conseguiram a assinatura de oito parlamentares, o que foi suficiente para instauração da comissão. 




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