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Senadores criticam atuação do FBI na investigação sobre antraz
Do Diário OnLine
07/11/2001 | 00:30
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A atuação do Federal Bureau of Investigation (FBI, a polícia federal norte-americana) nos ataques envolvendo a bactéria do antraz foi alvo de críticas durante uma sessão realizada nesta terça-feira pelo Senado dos EUA. O sub-diretor da entidade Tim Caruso foi sabatinado por parlamentares e pouco acrescentou sobre as responsabilidades e origens das ocorrências já classificadas como ‘bioterrorismo’ pelo governo dos EUA.

Caruso afirmou que "muitas pessoas" têm a capacidade de produzir armas terroristas com o antraz mas elas precisam de laboratórios e instalações adequadas para desenvolver a ameaça. O membro do FBI não precisou, entretanto, quantos postos do tipo estão à disposição dos potenciais terroristas.

"Então você não sabe quantos laboratórios produzem antraz, quantos laboratórios têm essa condição. O que você sabe?", questionou a senadora democrata Feinstein (Califórnia), diretora da sessão. Caruso admitiu que a ausência de respostas é "insatisfatória", seja para os senadores ou para o próprio Bureau.

O sub-diretor do FBI disse que a entidade tem detalhes sobre os casos de antraz mas se recusou a divulgá-los porque as investigações continuam. Perguntado sobre a procedências das cartas contaminadas pela bactéria do antraz, se vinham dos EUA ou do exterior, Caruso afirmou que o FBI não conseguiu chegar a qualquer conclusão.

O democrata John Edwards, da Carolina do Norte, perguntou a Caruso se o FBI sabia quem era o responsável pelos ataques com antraz. "Nós não sabemos até agora", respondeu.

Caruso afirmou que parte da culpa pelo desempenho insatisfatório do FBI nas investigações está na alta incidência de pistas falsas e trotes envolvendo supostos ataques com antraz. O sub-diretor disse aos senadores que, desde o meio de setembro, o FBI respondeu 7.089 denúncias de cartas contaminadas pelo antraz, 950 denúncias de supostos ataques com outras armas (inclusive bombas) e 29.331 telefonemas sobre pacotes suspeitos.

Os Estados Unidos registraram, até agora, 17 casos de infecção pela bactéria do antraz. O primeiro caso ocorreu há um mês, no Estado da Flórida. O editor de fotografia da editora de tablóides American Media Inc. Robert Stevens, contraiu a forma pulmonar da doença e morreu. Outras três pessoas contaminadas pela forma mais nociva do mal causado pelo bacilo morreram.




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