Economia Titulo Primeira necessidade
Batata impulsiona custo da cesta básica

Preço do quilo subiu quase 100% em novembro, passando, em média, a R$ 2,51 na região

da Redação
28/11/2014 | 07:17
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A batata foi a principal responsável pela alta de R$ 7 (ou 1,59% se comparado a outubro) na cesta básica em novembro, que passou a R$ 450,14, em média, de acordo com a pesquisa realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). O valor se refere aos gastos com itens de primeira necessidade realizados por família de quatro pessoas em supermercados da região.

A batata quase dobrou de preço, ao apresentar alta de 93% no mês passado em relação a setembro. Enquanto, no levantamento anterior, o quilo era encontrado por R$ 1,30, agora sai, em média, por R$ 2,51.

Segundo o coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, o tubérculo vinha em outubro com valor muito baixo, por causa do acúmulo de ofertas disponíveis no mercado, mas as chuvas em excesso nos últimos dias nas regiões produtoras atrapalharam a colheita e reduziram a oferta, o que elevou o preço.

Outros hortifrúti também colaboraram com o encarecimento da cesta, embora em menor medida. Foi o caso da laranja, que subiu 23,4% e foi a R$ 1,84 o quilo, em média, e a cebola, que teve alta de 8,9% e passou a valer R$ 2,09 o quilo. Ainda de acordo com De Benedetto, a elevação do custo da fruta se deveu ao aumento no consumo, principalmente de sucos, com a chegada das estações mais quentes do ano. Já a cebola encontra-se em período de transição entre a oferta da safra do Sul do País e da Argentina.

Por sua vez, impediram alta ainda maior da cesta básica o feijão-carioca, barateou 6%, e o leite longa vida, que baixou 5,5%. Em relação ao grão, o coordenador da pesquisa cita que o alimento apresenta preços muito baixos, o que não é bom, pois diminui o interesse pelo cultivo. Isso deve influenciar na produção da próxima safra, fazendo com que os preços praticados nos próximos meses sejam mais altos. Quanto ao leite, seu valor atingiu o auge da entressafra nos últimos dois meses, por causa da forte estiagem, quando chegou a custar R$ 2,50 e, agora volta a apresentar preços semelhantes aos observados no começo deste ano, quando a caixa do longa vida saía, em média, por R$ 2,05 o litro.
 




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