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Japão deve adiar aumento de imposto e antecipar eleições
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18/11/2014 | 04:52
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O ministro do Japão, Shinzo Abe, deverá anunciar, ainda nesta terça-feira, o adiamento de um novo aumento do imposto sobre vendas, por enquanto programado para outubro do ano que vem, e uma antecipação para dezembro deste ano das eleições parlamentares. Antes disso, alguns dos líderes do governo e de seu partido já manifestam apoio ao primeiro-ministro.

O chefe de gabinete do governo, Yoshihide Suga, lembrou que, desde que Abe assumiu o cargo, em dezembro de 2012, a Bolsa de Tóquio tem subido, as empresas estão lucrando mais e o desemprego caiu. "A economia ainda está em um processo de recuperação estável", disse, um dia depois do mercado se surpreender com um recuo de 1,6% no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, na comparação anualizada. Esta foi a segunda fez seguida que o país apresentou queda no trimestre, o que, para economistas, significa recessão técnica.

Para Suga, esse mau momento é temporário e foi causado pelo primeiro aumento do imposto sobre vendas, em abril, com a elevação da alíquota de 5% para 8%. Está agendado para outubro do ano que vem um novo aumento, dessa vez para 10%. Porém, há uma forte especulação no mercado para que o primeiro-ministro adie este aumento, para evitar mais estragos à economia. Etsuro Honda, um de seus conselheiros, acredita que a elevação deveria ser postergada para abril de 2017.

O primeiro-ministro tem dito repetidamente que vai decidir sobre o segundo aumento com base na conjunta econômica econômico. Com pesquisas que mostram que os eleitores são favoráveis ao aumento previsto, já que ele seria destinado a investimentos sociais, Abe planeja antecipar as eleições parlamentares para manter uma maioria na câmara baixa. Assim, Abe poderia continuar no poder e avançar com políticas impopulares, como reiniciar reatores nucleares e expandir o papel dos militares.

Os parlamentares do Partido Liberal Democrata, do qual Abe faz parte, acreiditam que as eleições serão como um referendo para a manutenção ou não da política econômica do primeiro-ministro. "Esta é uma etapa crucial para Abenomics (apelidado à política econômica de Abe)", disse o secretário-geral do partido, Sadakazu Tanigaki.




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