Economia Titulo Sem pressão
Ardila afirma que não há pressão na GM

Para presidente da montadora funcionários não estão trabalhando a mais, pois ritmo de trabalho é menor

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
16/04/2009 | 07:00
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Com a extinção do terceiro turno na fábrica da GM (General Motors) em São Caetano - 1.633 trabalhadores - não se configura um cenário de pressão sobre os funcionários da montadora para elevar a produção, afirmou Jaime Ardila, presidente da GM, durante lançamento da Cartilha do Etanol na sede da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar).

De acordo com Ardila, a venda de automóveis da GM deve sofrer redução em torno de 10% em relação ao resultado do ano passado, quando a fábrica comercializou 550 mil unidades no mercado interno. Já o comércio exterior deve sofrer um impacto ainda maior, com diminuição de quase 50%. "Em 2008 exportamos 100 mil veículos. Considerando a Argentina, 150 mil. Neste ano esperamos vender ao exterior apenas 30 mil unidades, com a Argentina esse número passando a 80 mil".

No exterior, o maior problema colocado por Ardila é a falta de mercado. No País, a questão fica por conta da possível não-renovação da redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) que foi prorrogada até junho. "A expectativa é de um primeiro semestre mais forte, semelhante a 2008, e um segundo semestre com vendas mais fracas", justificou.

O executivo, entretanto, afirmou que, caso seja necessário, adotará o sistema de horas extras e operação em alguns sábados, caso seja necessário ampliar a produção. O mercado nacional como um todo, na visão de Ardila, deve seguir o mesmo movimento e sofrer uma queda nas vendas de 15%, atingindo 2,4 milhões de unidades.

Hoje, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a frota nacional é estimada em 28 milhões de veículos, sendo 7,5 milhões bicombustíveis (27%). "Para 2012, a perspectiva é que 50% sejam flex. Para 2015, 65%", observou Marcos Junk, presidente da Unica.

Segundo Junk, desde 2003, quando foram lançados os motores bicombustíveis, já foram deixadas de ser emitidas 45 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Cerca de dois milhões de cartilhas serão colocadas nos veículos novos entre maio e abril de 2010. "A ideia é estimular o consumo do etanol não só por ser mais barato que a gasolina, mas também esclarecer mitos, como o de que a cana estaria destruindo florestas".




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