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Jovens são os mais afetados pela taxa de desemprego

Especialista dá dicas para busca de oportunidades por quem inicia trajetória profissional

Por Luís Felipe Soares
Diário do Grande ABC
12/01/2020 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A complicada situação econômica vivida pelo Brasil nos últimos anos tem impactado diretamente a vida da população. Os ganhos dos trabalhadores entram em conflito com os altos preços cobrados, caso do valor das carnes e do combustível, por exemplo. Trata-se de crise que assusta quando parece não haver trabalho para todos, incluindo quem inicia a trajetória profissional.

Dados revelados em setembro pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), organizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelaram que a taxa nacional de desemprego é de 11,8%, o que corresponde a cerca de 12,5 milhões de pessoas. A estatística sobe para 26% quando se leva em conta faixa etária entre 18 e 24 anos, com a porcentagem atingindo aproximadamente 7,337 milhões de subutilizados.

O levantamento Trabalho e Renda, divulgado pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope inteligência, diz que, na Capital, 28 entre 100 jovens com idade de 16 a 24 anos não possuem serviço fixo, o que corresponde a 411.473 pessoas desse universo na maior cidade do Brasil.


“Nos deparamos com a escassez de oportunidades de trabalho versus a falta de experiência desses profissionais, muitas das vezes em busca do primeiro trabalho”, analisa Tábitha Laurino, gerente sênior da Catho, empresa de tecnologia que funciona como classificado on-line de currículos e vagas. “As empresas estão em busca de profissionais que contribuam com inovação, flexíveis na atuação diária, que trabalhem bem em equipe, que tenham facilidade de adaptação a novos cenários e que sejam multidisciplinares.”

De maneira geral, os adolescentes ingressam no mercado de trabalho por meio de estágios, onde têm o primeiro contato com o plural universo das profissões. Um currículo que liste as potencialidades do candidato, programas educacionais (como cursos, workshops e palestras) dos quais participou, ações sociais voluntárias e que não passe uma página é essencial – assim como estar livre de erros de português. Em entrevistas, seja para estágio ou qualquer tipo de trabalho, estudar a vaga e a empresa para partilhar esse tipo de conhecimento na conversa, ser autêntico, focar no que lhe é perguntado e optar por vocabulário claro e sem muitas gírias são algumas dicas.

Segundo Tábitha, a empresa realizou em 2008 pesquisa para entender quais eram os maiores entraves da contratação entre recrutadores e jovens até 25 anos. O pessoal dos recursos humanos listaram itens como comportamento inadequado (48%), falta de qualificação e experiência (16%). Já o público, de cerca de 1.500 participantes, apontou questões como poucas oportunidades (77%), experiência (47%) e momento econômico do País (16%).

“A falta de qualificação pesa mais que a falta de experiência. Ainda assim, esse ponto também é considerado pela empresa porque, para resolver a baixa capacitação desses jovens, mais de 70% das organizações afirmaram investir em graduação, pós-graduação/MBA, cursos técnicos e de idiomas para os profissionais”, comenta a especialista.

O ano de 2020 apenas começou e parte das resoluções de quem está fora do mercado de trabalho passa pelo encontro de um serviço fixo. Observar a situação econômica do País e aproveitar o máximo de informação possível podem ajudar. 




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